Rafael Ramos da Silva, de 21 anos, foi preso suspeito de integrar rede de pornografia juvenil
Foto: Wellington Guedes/G1
|
Um jovem de 21 anos, que recentemente trabalhou
como catequista em uma igreja na cidade de Goianinha, município distante pouco
mais de 50 quilômetros de Natal, foi preso na manhã desta quarta-feira (10)
suspeito de participar de uma rede de distribuição de fotos e vídeos com
imagens de adolescentes nus. Ao G1, o delegado Wellington Guedes disse que o
material era compartilhado pela internet e por meio de aplicativos de celular.
“Em depoimento, Rafael Ramos da Silva revelou que alguns dos destinatários são
seminaristas, padres, monges, coroinhas, dentre outras pessoas ligadas à Igreja
Católica de cidades potiguares e de municípios nos estados da Paraíba, Ceará,
Minas Gerais e São Paulo”, acrescentou.
A Arquidiocese de Natal preferiu não se
pronunciar sobre o caso no momento, mas informou que vai acompanhar o andamento
das investigações.
“Estamos diante de fortíssimos indícios de uma
grande rede de pornografia juvenil”, acrescentou Guedes. O delegado explicou
que o suspeito deixou de auxilar nos trabalhos religiosos há duas semanas,
tendo sido cortado por falta de condições de pagamento da igreja. Contudo, ele
foi preso em cumprimento a uma ordem judicial expedida pela Justiça. “Ele foi
preso porque, depois de ser dispensado, passou a extorquir um padre, alegando
ter fotos do sacerdote sem roupas. No notebook do catequista, encontramos
diversas imagens de adolescentes pelados. Alguns deles, em posições eróticas,
pornográficas", contou.
Notebook e celular do suspeito foram apreendidos e encaminhados para perícia Foto: Wellington Guedes/G1 |
Ainda segundo Guedes, Rafael admitiu fazer
parte do esquema e revelou a participação de religiosos na rede, além de
confirmar que chantageava o padre. “Além de todo o material que encontramos,
ele confessou tudo. Disse que estava exigindo dinheiro, aparelhos celulares e
encontros amorosos com o padre", relatou. "Agora estamos trabalhando
para tentar identificar quem são os demais envolvidos na rede. Tem muita gente.
As fotos e os vídeos eram compartilhados principalmente pelo Facebook, grupos
de WhatsApp e Skype”, acrescentou.
O delegado disse que a apuração ainda está em
estágio preliminar, mas que já há provas suficientes para indiciá-lo por
extorsão e crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, caso do
armazenamento e distribuição das imagens que envolvem os menores nus. “Ele vai
permanecer preso. O computador e o telefone celular dele estão apreendidos e
serão encaminhados para perícia”, finalizou.
G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente