Durante anos, o que sabíamos
era que impactos gigantescos trouxeram metais preciosos à Terra e que eles
permaneceram na superfície graças a um oceano de magma derretido. No entanto,
até agora cientistas se questionavam por que esses metais preciosos não
afundaram para o núcleo da Terra, já que eles são elementos altamente
siderófilos e, portanto, fortemente atraídos pelo ferro.
De acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, a resposta pode ter sido encontrada graças a um novo modelo de computador.
Segundo o estudo, depois que a
maior parte da Terra se formou, ela foi atingida diversas vezes por
protoplanetas rebeldes, incluindo um objeto do tamanho de Marte, conhecido como
Theia, responsável pela criação da nossa Lua.
Embora esses protoplanetas
também tivessem metais preciosos, quando eles se chocaram com a Terra esses
elementos ficaram presos na superfície ao invés de serem atraídos pelo núcleo
ferroso do planeta.
Segundo o estudo, após cada
gigantesco impacto, uma imensa camada de magma se formou na litosfera, que é a
crosta e o manto superior da Terra.
Os metais preciosos começaram
a afundar neste oceano de magma até chegarem a uma camada de transição
parcialmente fundida. Essa camada desacelerou a descida dos metais, permitindo
que o manto inferior esfriasse e solidificasse antes que eles pudessem alcançar
o núcleo.
Presos na manta terrestre,
esses metais valiosos foram então submetidos à convecção de correntes térmicas
provenientes do núcleo quente da Terra, que até hoje continuam a movimentar os
metais preciosos pela Terra e trazê-los para a superfície.
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