Pelo menos 27 pessoas morreram
em Acapulco, no México, depois que o furacão Otis atingiu a costa na
quarta-feira (25) com categoria 5, que tem a capacidade de derrubar
árvores e destruir edifícios e casas, além de causar alagamentos e
deslizamentos de terra.
Quatro pessoas também estão
desaparecidas, disse a ministra da Segurança, Rosa Icela Rodriguez, durante uma
entrevista coletiva na manhã de hoje (26).
As autoridades mexicanas ainda estão trabalhando para determinar a extensão total da devastação causada pelo Otis, que causou interrupções nas redes de comunicações, afetando o atendimento de emergências e comunicação da população.
As interrupções limitaram
significativamente a capacidade das autoridades de avaliar ou partilhar a
magnitude do impacto do furacão Otis. Imagens e vídeos mostram que os
ventos e a chuva prejudiciais deixaram estradas cobertas por vários metros de
água, edifícios com janelas quebradas e infraestruturas danificadas.
Mais de 500.000 residências e
empresas perderam energia em todo o estado mexicano de Guerrero, informou a
concessionária de energia CFE na quarta-feira. O serviço foi restaurado para
40% das pessoas afetadas, acrescentou.
Incapazes de obter uma
avaliação dos danos causados pelo furacão por meio das autoridades locais, os
funcionários do governo mexicano começaram a viajar para Acapulco na
quarta-feira para avaliar os danos pessoalmente.
“Vamos para lá porque não
temos qualquer comunicação com os nossos colegas que já estão lá há uma semana
em meio a um trabalho preventivo, contra uma tempestade tropical que em 12
horas se transformou em um furacão”, disse a Coordenadora Nacional de Proteção
Civil, Laura Velázquez, em comunicado.
As autoridades e os residentes
tiveram pouco tempo para se prepararem para a gravidade da tempestade porque as
primeiras previsões subestimaram significativamente a ameaça. Otis rapidamente
se intensificou de uma tempestade tropical para um furacão extremamente
perigoso de categoria 5 – a tempestade mais forte já registrada na área – em
apenas 12 horas.
O furacão enfraqueceu
rapidamente quando seguia para o interior. Na tarde de quarta-feira, ele havia
se dissipado nas montanhas do sul do México. A previsão é que as fortes chuvas
da tempestade continuem impactando a região até quinta-feira, possivelmente
provocando inundações repentinas e deslizamentos de terra, disse o Centro
Nacional de Furacões. Com a ameaça imediata diminuída, a região está se
recuperando.
Imagens da área impactada
mostram estruturas destruídas e cheias de árvores e folhagens arrancadas,
enquanto vários arranha-céus tiveram suas janelas quebradas. Várias estradas
também foram inundadas, deixando algumas delas atravessando vários metros de água
turva.
Em uma casa de Acapulco, um
vídeo feito durante a tempestade mostra uma família abrigada debaixo de um
colchão e lutando para se proteger enquanto ventos fortes e chuva atravessam
suas janelas quebradas.
A Guarda Nacional Mexicana tem
trabalhado para tirar veículos encalhados, árvores derrubadas e outros detritos
espalhados pela tempestade nas vias, disse a agência em um comunicado à
imprensa.
O Aeroporto Internacional de
Acapulco suspendeu as operações enquanto se recuperava da tempestade, informou
o gabinete do Secretário de Infraestrutura, Comunicações e Transportes do
México em um comunicado. A agência compartilhou imagens de grandes pilhas de
destroços jogados pelo aeroporto.
A rápida intensificação de
Otis é um sintoma da crise climática causada pelo homem, dizem os cientistas –
um cenário que está se tornando mais frequente.
Os cientistas definiram a
intensificação rápida como um aumento da velocidade do vento de pelo menos 56
km/h em 24 horas ou menos, geralmente exigindo um calor significativo do
oceano.
Mais de 90% do aquecimento
global nos últimos 50 anos ocorreu nos oceanos, de acordo com a Administração
Oceânica e Atmosférica Nacional.
Além disso, o El Niño está
crescendo no Pacífico este ano, elevando ainda mais as temperaturas dos
oceanos.
CNN
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