O material coletado ajudará os
cientistas a aprender sobre a formação do Sistema Solar, revelando se
asteroides como Bennu contêm ingredientes químicos favoráveis à vida. Conforme
já adiantou a NASA, a amostra conta com evidências de alto teor de carbono e
água.
Para a ciência, a amostra tem um valor importante, mas quanto valem materiais extraterrestres como esse?
Conforme divulgou Chris Impey,
professor de Astronomia na Universidade do Arizona em artigo para o Live Science, um “punhado de
asteroides” custa cerca de US$4,7 milhões (mais de R$23 milhões) por grama, que
é cerca de 70 mil vezes o preço do ouro (que atualmente custa US$67 por grama).
O primeiro material
extraterreste que chegou à Terra veio através das missões Apollo. Entre 1969 e
1972, astronautas trouxeram 382 kg de amostras lunares. Com o ajuste pela
inflação, esses materiais valeriam US$674 mil por grama.
Asteroides passam pela órbita
da Terra todos os dias, a todo momento. Muitas vezes, eles atravessam a
atmosfera do planeta e acabam se destruindo durante essa passagem extremamente
quente. Alguns pedaços, no entanto, podem sobreviver ao processo e chegar à
superfície. Esses fragmentos são chamados de meteoritos.
Por, literalmente, “caírem do
céu”, não exigindo esforços tão grandes quanto as missões de coleta de amostras
de asteroides no espaço, os meteoritos costumam ser vendidos por cifras bem
mais baixas. Os mais comuns deles, chamados condritos, custam cerca de US$0,50
por grama. Os condritos diferem das rochas normais da Terra por conter
grãos redondos chamados condras que se formaram como gotículas derretidas no
espaço no nascimento do Sistema Solar.
O preço sobe para US$1,77 por
grama nos meteoritos de ferro, que contam com uma crosta escura — causada pelo
derretimento ao atingir a atmosfera — e longos cristais metálicos.
Existem também os palasitos,
que são meteoritos de ferro pedregoso misturados com o mineral olivina. Quando
essas rochas são cortadas e polidas, elas ganham uma cor verde-amarelada. Esse
tipo pode custar US$35 por grama.
Meteoritos identificados como
vindos da Lua podem valer até US$166 por grama, enquanto os de Marte chegam a
US$388 por grama.
Materiais mais baratos e mais
caros
Ainda de acordo com Impey,
alguns elementos e minerais costumam ser mais caros devido a sua escassez.
Elementos encontrados na tabela periódica tem preços baixos. Por exemplo,
100 gramas de carbono custam US$2,40, a mesma quantidade de ferro sai a menos
de um centavo, e poucos centavos para alumínio.
Por outro lado, há sete
elementos radioativos extremamente raros na natureza com altas avaliações. O
mais caro é o polónio-209, que custa US$49 bilhões por grama.
Olhar Digital
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