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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Ônibus são incendiados em Natal após morte de motociclista em operação policial; militares são afastados

Pelo menos dois ônibus do transporte público de Natal foram incendiados na noite deste domingo (3) em Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, em protesto pela morte de um motociclista do bairro, após uma operação policial. Militares envolvidos na ação foram afastados para passarem por investigação.

Segundo a Polícia Militar, a operação aconteceu durante a tarde. O homem teria "ultrapassado" uma blitz montada durante a tarde na região para combater a criminalidade. Nesse momento, os policiais teriam visto uma arma de fogo com ele e dado início a uma perseguição.

O comandante da PM, coronel Alarico Azevedo, afirmou que o homem foi baleado e caiu da moto, em seguida, mas não informou em que parte do corpo ele foi atingido.

Ainda de acordo com a polícia, a arma de fogo apreendida com o homem e outra, do policial, foram apreendidas e encaminhada à delegacia e os policiais militares foram ouvidos pela Polícia Civil.

Revoltadas com a morte do morador, pessoas do bairro realizaram um protesto e incendiaram dois ônibus, na noite do domingo (3).

O Corpo de Bombeiros foi acionado ao local para combater as chamas, porém informou que a equipe foi recebida com hostilidade e precisou recuar para preservar a segurança dos profissionais. Imagens mostram pessoas usando capacete e pedras contra uma viatura.

"Ao chegar ao local, a equipe foi recebida com hostilidade, sendo alvo de ataques com pedras e capacetes por parte de alguns indivíduos, que chegaram a danificar a viatura e colocaram em risco a integridade física dos bombeiros. Diante do contexto de violência e para preservar a segurança de todos os envolvidos, a equipe precisou recuar temporariamente", informou a corporação.

A Secretaria de Segurança Pública disse que a situação foi controlada na região, que o caso foi isolado e não tem "relação com ações do crime organizado". O policiamento na região foi reforçado, segundo a secretaria.

O Comando Geral da PM anunciou que determinou a instauração de um inquérito para apurar todo o caso e o afastamento dos policiais envolvidos até a conclusão da investigação.

 G1

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