O prefeito de Parelhas, Tiago Almeida (PSDB), declarou nesta quinta-feira (7) que os pacientes infectados durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado pelo município, nos dias 27 e 28 de setembro, já começaram a ser indenizados pela prefeitura.
De acordo com o prefeito do
município localizado a 245 km de Natal, a prefeitura realizou na última
quarta-feira (6) reuniões com as famílias dos pacientes afetados pela infecção.
"Já começamos as indenizações. Ontem mesmo tivemos reuniões com as famílias e estamos conversando. E depois vamos cobrar de quem errou", disse o prefeito.
Questionado sobre o que
poderia ter sido feito para evitar a situação, o prefeito disse que "da
parte da gestão, nada".
Segundo o gestor municipal, a
prefeitura não tem culpa da situação e está empenhada em saber quem vai
responder pelo caso.
"Uma coisa é culpa, a
outra é responsabilidade. O município tem responsabilidade e não culpa.
Provavelmente, a empresa, a maternidade. Quem vai dizer é o Ministério Público,
eu não sei quem é que vai responder", afirmou.
Tiago Almeida alega que o
município contratou a maternidade e a empresa que fez as cirurgias, mas
agora cabe ao Ministério Público tomar as medidas necessárias e dizer quem será
responsabilizado.
Um mutirão de cirurgias de
catarata realizado pelo município de Parelhas, localizado a cerca de 245 km de
Natal, nos dias 27 e 28 de setembro, resultou em uma infecção bacteriana que
atingiu 15 pacientes. Dez deles precisaram retirar o globo ocular afetado.
Todos os 15 pacientes
infectados passaram pela cirurgia no primeiro dia de mutirão, segundo a
prefeitura.
As cirurgias foram
realizadas por uma equipe da empresa Oculare Oftalmologia Avançada LTDA, contratada
pelo município. A maternidade teve o centro cirúrgico alugado também pela
prefeitura para a realização dos procedimentos.
O município informou que a
empresa foi contratada por R$ 59.524,32 para realizar as cirurgias, "mas o
pagamento ainda não foi efetuado, pois a Administração Municipal aguarda a
conclusão da investigação em curso".
"Até o momento, foi pago
apenas o valor de R$ 5.000,00 à Maternidade Dr. Graciliano Lordão pelo uso do
centro cirúrgico, mediante convênio", complementou a prefeitura.
O problema que atingiu os
pacientes é a endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria
Enterobacter cloacae.
As autoridades ainda não
informaram se algum profissional envolvido nos procedimentos será
responsabilizado pelas infecções.
G1
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