O feriado de Finados é celebrado
nesta quarta-feira (2) no Brasil e em alguns países. A data remete ao luto, à
saudade e a homenagens aos mortos. A data também traz variados aspectos
religiosos e culturais que são aplicados em diversas partes do mundo.
A data comemorativa é muito
antiga no calendário católico, conforme explica a antropóloga e bacharel em
Direito Mirella Braga, professora de Direito e Serviço Social da Unipê.
“Em artigo publicado em 2010 pela
antropóloga Misia Reesink, ela nos endereça o dia de Finados ao início no
século 11, sendo o dia designado pela Igreja Católica como data em que a Igreja
Militante, ou seja, os vivos católicos, se lembra e se apieda da Igreja
Penitente, que são as almas ainda não completamente salvas”, explica a
professora.
Quanto à origem das comemorações,
a antropóloga diz que a festa foi instaurada pelo abade Odilon, de Cluny, na
França, por volta de 1030, expandindo-se, em pouco tempo, por todo o mundo
católico como celebração de seus mortos.
“O dia de Finados tornou-se
especial, dedicado à memória das pessoas que faleceram, cabendo aos vivos a
iniciativa de ressignificar, ano após ano, os laços para com seus parentes e
amigos na ida aos cemitérios, ao visitar os túmulos (tradição forte católica) e
frequentar uma missa para ‘entregar’ a alma da pessoa falecida”, comenta Mirella
Braga.