Assessores do presidente Jair Bolsonaro (PL) já começaram a discutir a entrega da faixa presidencial. O ato é um dos momentos mais fortes da posse presidencial, no dia 1º de janeiro, que acontece no parlatório do Palácio do Planalto, geralmente na frente de uma multidão que acompanha o momento na Praça dos Três Poderes.
Na terça (1º), um assessor
presidencial chegou a sugerir a parlamentares de partidos de centro, no Palácio
do Planalto, que a entrega da faixa poderia se dar dentro do Planalto, sem que
fosse acompanhada pelas câmeras e pela multidão — de modo que Bolsonaro não
aparecesse para seus apoiadores mais radicais como alguém que tenha aceitado a
regra do jogo pacificamente.
Essa ideia foi logo questionada
pelos parlamentares, que disseram que Lula (PT) não aceitaria o ato.
Outra ideia foi levantada: a de
que a faixa poderia ser passada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que foi
eleito senador pelo Rio Grande do Sul.
A proposta foi vista como a mais
factível. O próprio Mourão deu declarações favoráveis à transição democrática e
chegou a telefonar para o vice de Lula, Geraldo Alckmin, convidando-o a
conhecer a residência oficial da vice-presidência, o Palácio do Jaburu.
Na terça (1º), questionado sobre
a passagem de faixa, Mourão disse ter "quase certeza" de que
Bolsonaro irá passar a faixa para Lula.
No Palácio da Alvorada, ainda no
campo das possibilidades para o dia 1º de janeiro, fontes afirmam que Bolsonaro
cogita sair do país ou pelo menos viajar para fora de Brasília, para não ter
que cumprir o ritual.
CNN
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