Uma equipe internacional de
pesquisadores descobriu fortes evidências de que certas formações rochosas são
resultado de um processo biológico, o que
pode desvendar o mistério da origem da vida na
Terra.
Rastrear os vestígios mais
antigos de vida no planeta, no entanto, não é uma tarefa fácil. O paleontólogo
Keyron Hickman-Lewis, do Museu de História Natural do Reino Unido, fez uma
analogia para exemplificar as dificuldades de investigação rochosa. “Se um
arqueólogo descobrisse as fundações de uma cidade em ruínas, eles saberiam que
ela foi construída por pessoas, por características específicas, como portas,
estradas e tijolos”.
Estromatólitos são rochas biossedimentares laminadas, formadas há bilhões de anos a partir da atividade microbiana em ambientes aquáticos. Esse tipo de rocha está espalhado por todo o mundo. Paleontólogos estão identificando fósseis mais antigos em um mármore azul de 4,54 bilhões de anos, encontrado na Austrália. Cabe destacar que é de profundo interesse para todos saber quando, e onde, a vida se desenvolveu pela primeira vez na Terra.
Para isso, os pesquisadores
usaram várias técnicas nesse estudo e
fizeram vários testes para examinar as microestruturas bidimensionais e
tridimensionais dos estromatólitos. Nenhum desses testes revelou microfósseis
ou materiais orgânicos, mas eles mostraram estruturas e características
consistentes com uma origem biológica.
Em conjunto, essas pistas
formam fortes evidências a favor da origem biológica dessas antigas camadas de
rocha, o que as tornam o mais antigo de indício de vida na Terra. A partir
dessa descoberta, algumas hipóteses foram levantadas a respeito da cratera de
Jezero, em Marte. Se existiu vida no planeta vermelho, provavelmente ela
se configurava da mesma maneira que nessas rochas antigas terrestres. Se o
rover Perseverance encontrar alguma rocha semelhante, a busca por
essas bioassinaturas serão alvo de exame.
Olhar Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente