Uma equipe internacional de astrônomos anunciou na segunda-feira (31) a descoberta de um grande asteroide cuja órbita atravessa a da Terra, o que poderia ser catastrófico se houvesse qualquer pequena chance de uma futura colisão.
Chamado 2022 AP7, o asteroide
de 1,5 km de largura foi descoberto em área notoriamente difícil de detectar
objetos devido ao brilho do Sol. A rocha espacial foi encontrada junto com
outras duas por meio de um instrumento de alta tecnologia no telescópio Victor
M. Blanco, no Chile, originalmente desenvolvido para estudar matéria escura.
“2022 AP7 cruza a órbita da Terra, o que o torna um asteroide potencialmente perigoso, mas não tem uma trajetória que a fará colidir com a Terra agora ou a qualquer momento no futuro”, disse o autor principal do artigo que descreve a descoberta, publicado no Astronomical Journal, Scott Sheppard, astrônomo do Instituto de Ciência Carnegie, organização sediada na capital norte-americana.
De acordo com o Laboratório
Nacional de Pesquisa em Astronomia Óptica-Infravermelha (NOIRLab), nos EUA, o
asteroide recém-identificado é o maior objeto potencialmente perigoso para a
Terra descoberto nos últimos oito anos.
A equipe liderada por Sheppard
descobriu que 2022 AP7 leva cinco anos para circular o Sol sob sua órbita
atual, que em seu ponto mais próximo da Terra permanece a 0,05 Unidades
Astronômicas (UA) de distância (quase 75 milhões de km).
“O risco é, portanto, muito
pequeno, mas em caso de colisão, um asteroide desse tamanho teria um impacto
devastador na vida como o conhecemos”, disse Sheppard. Ele explicou que a
poeira lançada no ar teria um grande efeito de resfriamento, provocando um
“evento de extinção como não é visto na Terra há milhões de anos”.
Já sobre os outros dois
asteroides, eles não representam nenhum risco para a Terra, mas um deles é o
mais próximo do Sol já detectado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente