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Greve pode ter início na
próxima
segunda-feira (Foto: Wellington Rocha)
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Há três semanas da Copa do
Mundo, policiais Militares e Bombeiros do Rio Grande do Norte ameaçam adotar
medidas extremas caso o Governo do Estado não aponte nenhum tipo de negociação
com as categorias. De acordo com o cabo Roberto Campos, presidente Associação
dos Cabos e Soldados do Rio Grande do Norte (ACS), Natal poderá sediar o evento
em meio a uma greve geral das duas categorias.
Na tarde desta quinta-feira
(22), PMs e bombeiros se reúnem em assembleia, no Clube Tiradentes, para
decidir se voltam a acampar em frente à Governadoria e se vão de fato dar
início a uma paralisação por tempo indeterminado, caso nenhuma de suas
reivindicações sejam atendidas.
“Esperamos que isso não seja
preciso, pois acreditamos no poder de negociação do governo, mas caso não haja
nenhuma sinalização favorável a nossa pauta de reivindicações não descartamos
greve durante o mundial”, disse Roberto Campos.
O presidente da ACS acredita
em uma adesão de quase 100% para a paralisação prevista para o próximo dia 16.
Segundo ele, caso situações como as que aconteceram na Região Metropolitana do
Recife, no estado de Pernambuco venham a acontecer aqui no RN, a
responsabilidade é toda do governo.
Na semana passada vários
estabelecimentos comerciais da região metropolitana do Recife foram saqueados.
O motivo foi a greve dos policiais militares e bombeiros daquele estado. Só em
Abreu e Lima, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu 20 pessoas que
participaram dos saques ontem à noite.
Segundo cabo da PM, a
responsabilidade do que vier a acontecer durante a paralisação não pode recair
somente sobre aos policiais, mas principalmente sobre o governo estadual, que o
principal causador dessa situação. “O governo teve mais de um mês para nos
apresentar uma resposta, mas até agora impera o silêncio. Somos os que menos
queremos essa paralisação, mas se ela for necessária para atingirmos nosso
objetivo, não hesitaremos em fazê-la”, declarou.
Campos considera que esse é um
movimento sem volta, pois a estrutura organizacional da Polícia Militar precisa
ser repensada. Segundo ele, a PM não só do RN, mas de todo o Brasil precisa de
um código de ética para impedir que determinador autoritarismos arcaicos deixem
de acontecer. “Essa insatisfação não é só nossa, mas da Polícia Militar como um
todo. A tendência é que mais estados do Brasil passem a se rebelar contra um
regime dogmático e ultrapassado”, disse.
Além do reajuste salarial, a
categoria reivindica ainda, a sanção da lei de Promoção de Praças; o fim
imediato das quentinhas; reajuste das diárias operacionais, que atualmente
custam R$ 50, bem como a garantia do pagamento em dia; a revisão do estatuto da
PM e a substituição do regulamento disciplinar da PM por um código de ética.
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