Os 200 anos do Colégio Marista
no mundo e os 86 anos em terras potiguares foram homenageados durante
solenidade na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (11). Proposta pelo
ex-aluno da congregação e deputado Hermano Morais (PMDB), a sessão solene
reuniu gerações de alunos, diretores, coordenadores, professores,
colaboradores, deputados e representantes da prefeitura do Natal.
Na abertura da sessão, o
presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), que também é
ex-aluno, destacou a alegria em fazer parte da família Marista. “Sou feliz por
estudar em uma instituição que nos formou e orientou para a vida. Continuo
amando o colégio e torcendo para que permaneça com esse objetivo de preparar a
juventude para o futuro”, declarou ele.
O deputado Hermano Morais
disse que a Sessão Solene tem um sentido muito especial e fez um breve
histórico sobre o período em que estudou na escola. “Estudei no Marista de
Natal da 4ª série até o concluir o Ensino Médio. Foram oito anos inesquecíveis,
compondo uma turma exemplar, sobretudo quando se fala em amizade. Amizade
verdadeira. Estávamos ali para estudar, lógico. Mas, fortemente unidos, nos
divertíamos, praticávamos esportes, apreciávamos a cultura e fortalecíamos os
nossos laços, como se cada dia fosse o último de nossas vidas. Numa convivência
fraterna, aproveitamos tudo o que a educação Marista nos proporcionava”,
discursou Hermano Morais.
O parlamentar ressaltou a
importância da formação dos contemporâneos de Colégio Marista. “Passados 38
anos de conclusão do curso, mantemos a nossa amizade, prezamos pela nossa
convivência, promovemos encontros divertidos e rezamos juntos, graças ao
advento da tecnologia e à nossa benquerença que em nenhum momento se perdeu,
mesmo com tantos caminhos diferentes que a vida nos concedeu”.
Hermano Morais agradeceu aos
diretores, coordenadores, professores e colaboradores pela missão que
desenvolvem e fez um agradecimento especial ao diretor da época em que foi
aluno, um dos homenageados na sessão, o Irmão Wellington Mousinho, educador e
administrador.
Os deputados e ex-alunos
Ricardo Motta (PSB), Larissa Rosado (PSB) e Jacó Jácome (PSD) fizeram questão
de registrar o orgulho em fazer parte da família Marista. O deputado Ricardo
Motta disse que carrega no sangue a história do colégio e seus filhos também
passaram pela congregação. Na ocasião, ele lembrou de sua professora Almira
Melo. Larissa Rosado falou sobre o elo da instituição com todos que fazem parte
dela. “O Marista traz o sentimento de família e me considero como parte dela.
Sou Marista de coração”. Jacó Jácome destacou que o Marista traz uma identidade
que não se pode apagar. “O Marista é uma filosofia e estilo de vida”, disse
ele.
Jorge Alberto Madruga falou em
nome dos homenageados. Ele representou a Família Madruga, uma família
tradicional do RN que apostou na educação Marista de tal forma que foi
reconhecida e agraciada por ser a única família com 10 filhos matriculados ao
mesmo tempo em um único colégio Marista no mundo. Emocionado, ele falou sobre
os valores da instituição. “O Marista associa valores como educação, família e
religião”, afirmou Jorge Alberto, chamando a atenção dos educadores para
combater os excessos provocados pelas novas tecnologias.
Irmão José de Assis Elias de
Brito falou em nome da Congregação. Ele é um jovem educador e empreendedor que,
por meio de um trabalho inovador, vem conquistando, como atual Diretor, o
reconhecimento de todos diante de um excelente resultado à frente do Colégio
Santo Antônio Marista. Durante seu discurso, reconheceu e agradeceu a
homenagem, além de reafirmar o compromisso da instituição com a família.
“Vivemos em 2017, tempo de
graça e compromisso com os 200 anos do instituto Marista. A escola tem a missão
de tornar Jesus conhecido e amado entre crianças, adolescentes e jovens.
Marcelino Champagnat, fundador do Instituto, gerou uma comunidade de irmãos em
defesa da educação e hoje reafirmamos nosso compromisso em formar bons cristãos
e cidadãos”, disse Irmão Assis.
Também foram homenageados
Antônio Lourenço de Aquino, que começou como um simples colaborador e chegou a
ocupar um cargo de destaque na direção do colégio Santo Antônio Marista;
Elizabeth Bezerra de Sousa, ou simplesmente Tia Beth, um exemplo de professora
dedicada e querida, curada pela intercessão de São Marcelino Champagnat, um
milagre que concorreu para sua santificação e Irmão José Getúlio Silveira, um
educador missionário Marista que tem a humildade como sua marca.
Instituto Marista
O Instituto Marista nasceu na
França, em 1817, fundado pelo Padre José Bento Marcelino Champagnat, que nasceu
em 1789 e faleceu precocemente aos 51 anos de idade. O jovem sacerdote se
dedicava à catequese, às visitas aos camponeses, à celebração de missas e à
convivência fraterna, com crianças, jovens e adultos. Champagnat entendia a
educação como meio privilegiado para a formação integral do ser humano e tinha
grande devoção à Maria, a quem chamava de “Boa Mãe”.
Os primeiros trabalhos na
congregação foram na atuação apostólica e educacional aos jovens do campo, que
mais tarde se tornariam Irmãos Maristas. Champagnat ensinou-lhes a leitura, a
escrita, a oração e a vivência do Evangelho e os transformou em educadores,
comprometidos com a pedagogia, a espiritualidade apostólica e mariana, a missão
e às formas de viver como Maristas de Champagnat.
ALRN
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