"Todos alegam que não sabem onde foi que começou o incêndio, não sabem o que foi que causou essas explosões e não sabem nem como foi que começou. Dizem apenas que quando começou as explosões houve uma fumaça muito grande e eles ficaram meio atordoados. Os dois que morreram, segundo um deles, foi porque não haviam para onde correr porque estavam quase no final do galpão e não tinham como sair pela frente", relatou o delegado, que é um dos responsáveis pelo caso.
Nos depoimentos, os trabalhadores alegaram que dos nove que estavam no local no momento do incêndio, dois eram fumantes, mas que nenhum deles estava fumando na ocasião. A mesma informação foi repassada pelos outros quatro funcionários que saíram ilesos e já tinham prestado depoimento.
Com o incêndio, quatro pessoas estavam próximas à entrada e conseguiram sair rapidamente do galpão. De acordo com os depoimentos, inicialmente três funcionários se trancaram dentro de um banheiro e os outros dois ficaram expostos às explosões por um tempo, até que foram puxados pelos outros para dentro do cômodo. Na sequência, conforme os relatos, quem estava do lado de fora teve a ideia de quebrar a parede para resgatar os colegas.
"A dificuldade da Polícia Civil e que acho que também será da polícia técnica é de a gente definir como e onde começou esse incêndio, porque todos dizem que escutaram a primeira explosão e começaram a correr: 'é fogo, é fogo'. E começaram a correr atordoados", disse o delegado.
A Polícia Civil afirmou que vai ouvir testemunhas do ocorrido para atestar se as informações passadas pelos trabalhadores se confirmam.
Relembre o caso
O incêndio seguido de explosões de fogos de artifício aconteceu no último dia 28 de dezembro, no bairro Passagem de Areia, em Parnamirim. O imóvel funcionaria para armazenar o material explosivo que seria usado no Réveillon do município.
Cinco pessoas foram vítimas do acidente. Todas foram socorridas ao Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Duas delas, em estado grave, com 90% do corpo queimado, não resistiram aos ferimentos e morreram nos dias seguintes. As outras três, com ferimentos mais leves, passaram por tratamento e receberam alta com o passar do tempo.
O galpão não tinha alvará do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRN) para funcionar como local de armazenamento para fogos de artifício.
Tribuna do Norte
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