Um paciente de 56 anos com obesidade mórbida foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) na manhã desta sexta-feira (8). Ele estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança desde a segunda-feira (2) no aguardo de uma vaga.
Com um quadro de infecção
generalizada, Alexsandro Oliveira Carvalho está em estado grave e tinha
urgência na transferência médica para um leito de UTI, considerado o mais
apropriado para o seu tratamento. Sem vagas até a manhã desta sexta-feira, a
família chegou a entrar na Justiça para acelerar o processo.
Após a disponibilização do leito, a equipe médica da UPA fez contato com a equipe do Huol, acionou ambulância e solicitou apoio ao Corpo de Bombeiros para o transporte, em razão do peso de Alexsandro.
Segundo Bianca Nóbrega, filha
do paciente, diante quadro grave do seu pai, no contato entre as equipes
médicas, foi solicitado que os profissionais do Huol estivessem de
prontidão para o recebimento do paciente, já que até mesmo o transporte o
colocava em risco de morte.
"Vim com o coração na mão
pela vida do meu pai, todo segundo para ele é importante, e quando chegamos na
porta do Huol não havia ninguém de prontidão, esperamos por cerca de 15
minutos com ele dentro da ambulância. Cheguei ao meu extremo de revolta",
disse Bianca.
Sobre o tempo de espera, o
Huol afirmou, em nota, que “o paciente foi transferido para o hospital em um
transporte sanitário, não apropriado e não equipado de forma adequada, sendo
necessária, na chegada ao Huol, uma cama de UTI para transportá-lo até o leito,
procedimento não habitual, mas necessário para a segurança do paciente”.
Após a demora, Alexsandro foi
recebido e internado em um leito de UTI do hospital, que possui equipe
especializada e equipamentos adequados para o atendimento. A equipe aguarda
estabilização do quadro do paciente para a realização de exames.
“Meu pai permanece muito
grave, mas agora está em um local equipado para que ele possa lutar pela vida”,
completou.
Alexsandro Oliveira Carvalho
está acamado há oito meses, desde que sofreu uma queda. À época, o paciente
estava com mais de 200 quilos. Após o incidente, ele foi submetido a uma
cirurgia bariátrica no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), no dia 14 de
março. De acordo com a família, a cirurgia ocasionou algumas complicações
para o homem, que está em estado grave.
"Ele deu entrada na UPA
no dia 2 de setembro, mas o quadro dele evoluiu muito rápido. A condição atual
é que a qualquer momento ele pode chegar a óbito. Tentamos por todos os meios a
vaga na UTI, inclusive ingressamos na Justiça, creio que já ultrapassa os
limites legais", afirmou Bianca Nóbrega, filha de Alexsandro.
A proposta da cirurgia
bariátrica era proporcionar uma perda de peso com o objetivo que Alexsandro
voltasse a andar, já que a locomoção dele é feita com auxílio do Corpo de
Bombeiros.
Diante da falta de vagas em
UTI, a família de Alexsandro ingressou com um pedido judicial na Defensoria
Pública da União na segunda-feira (4). A transferência aconteceu na manhã desta
sexta-feira (8).
CNN
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