O El Niño deve ser seguido do seu oposto, o La Niña. O fenômeno climático consiste no resfriamento das águas do Oceano Pacífico e deve reduzir as temperaturas no planeta. No entanto, cientistas alertam que essa diminuição será, em média, bastante fraca e o calor continuará predominando.
Segundo os meteorologistas,
isso se deve ao impacto das emissões de gases de efeito estufa, já responsáveis
por um aumento das temperaturas globais de pelo menos 1,2°C em média em
comparação com o final do século XIX.
O La Niña geralmente provoca condições mais úmidas em algumas regiões da Austrália, Sudeste Asiático, Índia, sudeste da África e norte do Brasil, mas condições mais secas em algumas regiões da América do Sul. Também pode contribuir para uma temporada de furacões mais intensa no Oceano Atlântico
Apesar do fim do El Niño, o ciclo de calor deve continuar, já que seu ciclo geralmente eleva as temperaturas no ano seguinte à sua aparição. Segundo especialistas, é necessário um período de tempo para que a circulação atmosférica global se adapte. Além disso, existe uma probabilidade de 50% de que o trimestre de junho a agosto deste ano seja um período neutro antes do início da atuação do La Niña.
Efeitos do La Niña
O último La Niña aconteceu
entre 2020 e 2023.
Na oportunidade, o fenômeno
climático deixou o tempo mais seco no sul dos EUA, mas mais úmido e frio no
noroeste do Pacífico e no Canadá.
Na Austrália, por outro lado,
foram registradas fortes chuvas e inundações no leste do país.
Já no Brasil, o La
Niña tende a aumentar a quantidade de chuvas no norte do país,
especialmente na Amazônia.
Enquanto no sul o fenômeno
tende a induzir períodos de seca, o que pode afetar plantações, especialmente
nos meses de primavera.
O fenômeno climático também
traz ao Brasil frentes
frias intensas e prolongadas.
Além do Departamento de
Meteorologia da Austrália, o Centro de Previsão Climática do Serviço Nacional
de Meteorologia dos EUA afirma que há 49% de chance de que o La Niña se
desenvolva durante o período de junho a agosto deste ano (e de 69% de julho a
setembro).
A agência meteorológica
japonesa também disse que há 60% de chance de que as condições de formação
se desenvolvam de setembro a novembro deste ano.
Olhar Digital
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