A pré-candidatura do prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra (Solidariedade), ao governo do Rio Grande do Norte movimenta o tabuleiro político potiguar, mas já revela um caminho repleto de obstáculos, especialmente no primeiro turno. A principal dificuldade está na fragmentação e nas resistências dentro da própria direita, segmento do qual busca ser o principal expoente. O embate com os senadores Styvenson Valentim (Podemos) e Rogério Marinho (PL) promete uma disputa ferrenha pelo eleitorado conservador, dividindo votos e dificultando a consolidação de um polo forte que possa rivalizar com as forças de esquerda e centro.
Além da concorrência interna, Alysson enfrenta desafios nas articulações partidárias. Sua postura de não aceitar coligação com a esquerda — especialmente com o grupo da governadora Fátima Bezerra (PT) — e a recusa em ter um vice indicado reforçam a imagem de isolamento político. Essa rigidez pode afastar aliados e reduzir o tempo de TV e recursos do fundo eleitoral, prejudicando a expansão de sua campanha pelo estado.
Em um eventual segundo turno, os desafios podem se intensificar. A polarização tende a concentrar os votos em poucas candidaturas, e a capacidade de atrair apoios de outros espectros políticos será decisiva. As tensões com Styvenson e Rogério Marinho e a recusa em dialogar com a esquerda podem dificultar a construção de alianças vitais para a disputa final.
Apesar de sua gestão bem avaliada em Mossoró, Alysson precisa transcender os limites da cidade e conquistar o eleitorado de todo o Rio Grande do Norte. A superação das resistências internas da direita, a construção de alianças estratégicas e a habilidade em dialogar com diferentes segmentos serão fatores decisivos para transformar sua pré-candidatura em uma chance real de chegar ao Palácio Potengi.

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