“O voto é uma mercadoria que
se compra”, disse o juiz Herval Sampaio ex-federal, que entrou para a história
de Mossoró por ter cassado, numa mesma eleição, as duas principais candidatas:
Larissa Rosado (PSB) e Cláudia Regina (DEM). Esta, ressalta-se, retirada da
Prefeitura pela força de 12 cassações (a maioria proferida por Herval).
“Não penso que em Mossoró
acontece mais (irregularidade). Penso que acontece na maioria esmagadora das
cidades. Agora, o que eu acho que acontece em Mossoró? Algumas coisas foram
feitas, com todo respeito, às escancaras, sem nenhuma cerimônia. Muitas vezes o
político faz, com todo respeito, não quero generalizar, de modo dissimulado. De
fingir. Ele fingi que está fazendo algo legal e, na realidade, ele está, de
alguma forma, abusando do poder. Alguns fatos que eu registro infelizmente, foram
feitos sem nenhuma cerimônia”, afirmou Herval Sampaio, em uma das polêmicas
frases da entrevista.
Segundo ele, pela experiência
adquirida na Justiça Eleitoral, é possível dizer que a arrecadação das
campanhas já manteve de maneira ilícita. “O mandato é comprado em todos os
termos, inclusive, arregimentado nas bases, ao ponto de eu ser indagado agora,
por um cidadão, que chegou para mim e se disse impressionado que ‘sou
funcionário público e me disseram que vereador tal recebe de deputado a partir
de tanto, deputado federal é outro valor, senador é outro, governador é outro’.
E querendo saber se eu arrumo alguns votos onde eu estou para também vender. E
é assim. O negócio está, me desculpe a expressão, rasgado, aberto. O voto é uma
mercadoria que a gente compra”, garantiu.
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