A Delegacia Especializada de
Capturas e Polinter (Decap) é a responsável no trabalho de investigação nos
casos de pessoas desaparecidades no Rio Grande do Norte. O último registro data
de exatamente duas semanas atrás, no dia 28 de março, no bairro da Redinha, Zona Norte de Natal.
Trata-se justamente do caso de Yasmin Lorena, de apenas 12 anos de idade.
Yasmin sumiu sem deixar
vestígios após ser solicitada por sua mãe para deixar uma pequena quantia de
dinheiro na casa de uma vizinha, há apenas 200 metros de sua própria
residência. A menina foi e não retornou, deixando um vazio em sua família e
familiares, que desde então, estão organizando protestos na esperança de
traze-la de volta para casa. A família de Yasmin não é a única que vive essa
agonia.
Em 2018 a Decap já são
registrou 31 pessoas desaparecidas, sendo 17 delas do sexo masculino e 14 do
feminino, com idades entre 10 a 58 anos. Deste número, 10 são menores de idade
e 8 são do sexo feminino, incluindo Yasmin. Apenas no mês de março foram
registrados 12 casos, ou seja, quase a metade do total. Até o momento, segundo
os registros, 6 pessoas foram localizadas. Porém, de acordo com o chefe de
investigação, Marcelo Siqueira, este número é bem maior.
“O que acontece é que muitas
vezes a família registra o desaparecimento de uma pessoa que é usuária de
drogas ou que apenas deu uma ‘sumida’ e, quando essa pessoa retorna, a família
não informa à polícia, que continua tocando as investigações”, disse Siqueira.
Já no ano de 2017, foi
registrado um total de 55 pessoas desaparecidas. Deste total, cerca de 47
pessoas foram localizadas pela polícia, dando um total de 85% de casos
resolvidos. Um número que remete um valor positivo, já que, dos encontrados, apenas
4 tiveram registro como óbito.
Dentre este número, cerca de
31 pessoas são do sexo masculino e 24 do sexo feminino, com idades entre 12 a
80 anos. A Polícia Civil remete o sucesso na solução dos casos à investigação
rigorosa que é exercida, uma vez que todas as informações sobre a pessoa
desaparecida são investigadas e levadas em consideração pelos agentes, que, na
maioria das vezes, obtém sucesso no processo.
O caso de Yasmin agora é
conduzido pela Delegacia Especial de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA)
por se tratar de um caso onde há suspeitas de envolvimento de terceiros em seu
desaparecimento. A Polícia trata de diversas hipóteses, mas não descarta a de
que a menina possa estar viva. Entre tantos casos, as autoridades trabalham
para que este seja mais um onde o status possa, por fim, deixar de estar em
branco e ser preenchido pela palavra “Encontrada”.
Agora RN
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