O dia 28 de março deste ano
foi marcado pelas fortes chuvas que caiam em Natal. Na Favela da África, na
Redinha, as águas criaram um cenário bucólico, que logo se tornaria de
desespero para a família da adolescente Yasmin Lorena de Araújo e, quase um mês
depois, chocaria a vizinhança pela brutalidade do “possível desfecho” do
desaparecimento da menina.
Foi neste dia que a família da
adolescente a viu pela última vez com vida, a mãe havia lhe pedido para deixar
R$ 30,00 na casa de uma amiga, a poucos metros da casa da família. A menina que
era conhecida por todos como boa filha atendeu prontamente o pedido da mãe.
Pegou as três notas de R$ 10 e saiu de casa sem saber que seria a última vez
que ela veria seus pais e familiares.
O percurso que deveria ter
acontecido era de aproximadamente cem metros na rua José Acácio de Macedo, mas
foi interrompido em menos da metade, em frente à casa 187-B. O local estava em
obras e um dos primeiros questionamentos da Polícia Civil é se ela buscava
abrigo por causa das chuvas, ou se foi conduzida ao local pelo possível
assassino.
Fato concreto, a pequena
Yasmin Lorena sumiu sem deixar vestígios e começou uma verdadeira “trama”
recheada de sadismo, abuso, dor e sofrimento dos familiares e vizinhos da
menina.
O desaparecimento durava 27
dias até esta terça-feira (24), quando moradores começaram a comentar um forte
cheiro de podre nas redondezas. Intrigados, entraram em contato com a Polícia
Civil, que enviou o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) com reforço do
Canil da Polícia Militar (PM), além da Delegacia Especializada da Criança e do
Adolescente (DCA) e a Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECAP).
O suspeito do crime, um
pedreiro que fazia a reforma da residência seguia sua vida normalmente,
inclusive participando de rodas de oração pelo retorno da menina, enquanto
dentro da casa 187-B um corpo de uma criança do sexo feminino apodrecia ao
ponto dos gazes oriundos da putrefação estourarem o bloqueio feito por um traço
de argamassa para assentamento de tijolos e darem uma chance de uma comunidade
inteira dormir em paz, mesmo que horrorizada pela verdade sobre o que aconteceu
com Yasmim.
![]() |
Peritos do ITEP fazem a remoção do corpo na casa 187-B. (Foto: Geraldo Miranda/ Portal No Ar)
|
Tão incessante quanto o odor
que inquietou a vizinhança foi a insistência de uma delegada, que segundo
nossas fontes, foi incansável na investigação e busca pela menina, e, sem
desanimar, seguiu uma série de trilhas que muitas vezes não levaram a canto
algum. Até que o cão “The Black” chegou até o corpo que estava parcialmente
concretado, enterrado sob um metro de areia e tábuas.
Com o corpo, surgiram outros
detalhes a serem revelados pela investigação: O suspeito fez tudo sozinho? Ou
teve alguma ajuda?
A polícia prendeu uma pessoa
que teria ajudado na ocultação do cadáver. Já o dono do imóvel, também foi
levado para prestar esclarecimentos à Divisão Especializada em Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.
Ficará a cargo do Instituto
Técnico-Científico de Perícia (ITEP) fazer a identificação do corpo, para que
finalmente o criminoso seja levado à Justiça, a criança descanse em paz e os
familiares dela possam viver o luto e seguir a vida, sabendo qual destino levou
Yasmim.
Portal no Ar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente