Alcaçuz passou por reformas e
ganhou reforço na segurança após o massacre ocorrido em janeiro de 2017 (Foto:
Anderson Barbosa/G1)
|
Dois presos se reencontraram
com a liberdade ao deixarem a Penitenciária Estadual de Alcaçuz na manhã desta
quinta-feira (5). Até então tudo certo. Ambos foram soltos após a direção da
unidade receber alvarás expedidos pela Justiça. O problema é que, os dois que
deixaram o maior presídio do Rio Grande do Norte pela porta da frente, não são
os detentos que realmente deveriam ter sido soltos. O alvará de soltura era em
nome de outros dois presos e não dos que saíram.
A Secretaria de Justiça e
Cidadania (Sejuc) confirmou que os internos no pavilhão 3 Willian Carlos Souza
de Oliveira (27), o “Lobo da baixa”, e Luciano Ferreira da Silva (30), o
“ventola” - usando de falsidade ideológica - conseguiram progressão de regime
para o semi-aberto, respectivamente, no lugar dos internos Gleyviton de Souza
Caetano e Ailton Dantas dos Santos.
"A situação de troca foi
percebida nesta quinta-feira. A Sejuc já tomou todas as medidas necessárias
para identificar e responsabilizar pelo erro, já que transcorreu todo processo
de conferência padrão. Os presos - detidos por tráfico, roubo e assalto à mão
armada - são considerados foragidos", informou a Sejuc.
No entanto, a Sejuc não
esclareceu se os dois presos que de fato deveriam ter saído permanecem
encarcerados ou não.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta,
município da Grande Natal. A unidade, que em janeiro de 2017 foi palco do maior
massacre da história do sistema prisional potiguar – quando 26 presos foram
mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas – passou por
reformas e ganhou reforço na segurança. As obras de reconstrução custaram cerca
de 3,2 milhões aos cofres públicos.
Administrativamente, o
delegado Eloy Xavier disse ao G1 que já tomou conhecimento do ocorrido, mas que
ainda espera que o caso seja formalizado para que ele possa tomar as
providências cabíveis.
G1RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente