Embora negue participação no esquema de fraude no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e o Ministério Público reafirme que a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) está implicada na ação que resultaria no desvio de R$ 1 bilhão da economia do Governo do Estado - ao longo de 20 anos, por meio da inspeção veicular que seria executada pelo Consórcio Inspar - ela se complica a cada análise de documentos apreendidos pelos promotores durante a operação "Sinal Fechado", que resultou na prisão de 15 pessoas que estariam envolvidas diretamente no esquema. Para complicar a situação da ex-governadora, Wilma é beneficiária de doações feitas, na eleição do ano passado, por uma empresa que teria ligação com o grupo liderado pelo empresário e advogado George Anderson Olímpio da Silveira.
A mesma empresa que contribuiu para campanha à reeleição do então governador da Paraíba, José Targino Maranhão, a Delphi Engenharia, doou para Wilma no Rio Grande do Norte. A empresa, da qual Eduardo Patrício era sócio, fez doação de R$ 194 mil à campanha de Maranhão, que disputava a reeleição no estado paraibano.
Segundo prestação de contas de Wilma de Faria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Delphi Engenharia fez doação de R$ 150 mil dividida em três parcelas: R$ 70 mil, R$ 50 mil e R$ 30 mil. A filha da ex-governadora, deputada estadual reeleita Márcia Maia (PSB), também recebeu doação da mesma empresa, no valor de R$ 20 mil. Duas doações para a campanha de Wilma foram feitas por transferência entre contas bancárias, nos valores de R$ 70 mil e R$ 30 mil.
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