O grande número de operações
pode atrair atrair malfeitores. Para evitar golpes e fraudes, consumidor deve
colocar em prática medidas do dia a dia das compras virtuais.
Veja abaixo golpes a quais os
internautas devem estar atentos e como eles devem se precaver:
Boleto eletrônico adulterado
Há poucos meses, a empresa de
segurança eletrônica RSA identificou uma fraude que movimentou cerca de R$ 8,5
bilhões na internet. A chamada “gangue do boleto” infectou mais de 190 mil
computadores com um vírus que alterava o número de boletos originais e fazia
com que o dinheiro fosse para a conta dos criminosos.
“O internauta precisa escapar
das armadilhas que se propagam com o uso de e-mail. Os malfeitores podem se
aproveitar da data para distribuir mensagens com links falsos”, diz Gastão
Mattos, CEO da Braspag. Para não cair em golpes, o consumidor deve evitar
entrar em links de promoções agressivas ou fantasiosas demais de sites
desconhecidos.
O meio de pagamento mais
seguro para o internauta, explica Mattos, ainda é o cartão de crédito. “Você não
está pagando por aquilo na hora e tem a recorrer caso exista algum problema, já
que as operadoras fazem a intermediação da compra.”
Jerome Pays, diretor da
empresa de meios de pagamento Lyra, confirma. “Quem fica com o ônus caso algo
aconteça é a loja. O consumidor tem todo o suporte de quem intermedia a
transação”, diz.
Roubo de dados bancários do
internauta
Para evitar o risco de ter
seus dados compartilhados, o internauta deve evitar fazer transações em sites
desconhecidos. O consumidor também pode verificar se a loja virtual possui
certificações de segurança. “Aqueles cadeadinhos que vemos nas páginas não são
à toa. Há diversas tecnologias que protegem o consumidor”, afirma Luiz Antonio
Sacco, diretor geral da SafetyPay, plataforma de pagamento digital que realiza
transações financeiras dentro do ambiente de internet banking do comprador.
Outra dica é manter o
antivírus do computador atualizado, já que o roubo de dados também se dá quando
o equipamento está vulnerável à riscos.
Pays recomenda que os
internautas antentem-se a certificações de empresas do meio, como a e-Bit, que
certifica a segurança dos sites de comércio eletrônico.
Lojas que não existem
Tom Canabarro, cofundador da
Konduto, plataforma brasileira especializada em análise de fraude e
comportamento de compra na internet, alerta para perfis de lojas falsas nas
redes sociais.
“Notamos um movimento de
perfis falsos em redes como o Facebook e o Instagram. Os consumidores pagam
pelos produtos por meio de depósitos bancários, mas os produtos e as empresas
não existem”, explica.
A dica é procurar comprar
produtos em sites oficiais de lojas. “Fazer transferências em outros ambientes
apresenta riscos”, diz Canabarro.
Falsos descontos e atendimento
ruim
Este ano, o Busca Descontos,
que trouxe a data pela primeira vez ao Brasil, em parceria com a Câmara
Brasileira de Comério Eletrônico, organizou o Black Friday Legal, selo
concedido à lojas que se comprometam a não maquiar preços.
Em anos anteriores, a Black
Friday ficou conhecida como “Black Fraude: tudo pela metade do dobro”, em
alusão aos falsos descontos oferecidos por lojistas. Sites comparadores de
preços também podem ajudar os internautas.
Para evitar problemas com
atendimento ruim, pagamento e frete, Maurício Salvador, presidente da
Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), aconselha que os
consumidores fiquem atentos a sites de reclamações e redes sociais. “Se a loja
recebe reclamação o ano todo, receberá ainda mais na Black Friday. Em um
período curto de muitas vendas, a possibilidade de haver erros é maior.”
IG
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