O deputado Francisco do PT
registrou em sessão ordinária desta quinta-feira (9) na Assembleia Legislativa,
a criação da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas e
Institutos Federais do Rio Grande do Norte, em alusão ao momento crítico que
enfrenta a educação brasileira com o anúncio do bloqueio orçamentário de 30%
dos recursos destinados às Instituições Federais de Ensino por parte do Governo
Federal para a educação superior.
Francisco do PT falou da honra
em presidir a Frente Parlamentar, que será composta pelos deputados Hermano
Morais (MDB), Allyson Bezerra (SDD) e pela deputada Isolda Dantas (PT), e sobre
a reunião na Comissão de Educação, Ciências e Tecnologia, Desenvolvimento
Econômico e Social, ocorrida também nesta quinta-feira (9), que recebeu o Fórum
de Reitores dos Institutos Públicos de Ensino Superior do Rio Grande do Norte.
“As medidas adotadas pelo Governo Federal são cruéis e, de acordo com os dados
apresentados pela Reitora da UFRN, Ângela Paiva, o impacto que as universidades
potiguares sofrerão chegará a R$ 100 milhões, e R$ 60 milhões será somente na
UFRN, inviabilizando o funcionamento da instituição a partir do mês de
setembro. O Governo Federal, através do desastroso Ministro da Educação, que
deveria debater assuntos que desenvolvam a educação, tenta esconder o viés
ideológico com a desculpa de gerar economia e investir na educação de base”,
afirmou Francisco.
O parlamentar assegurou que o
bloqueio afetará as parcerias das universidades com prefeituras, entidades e
centro de pesquisas, além da necessidade de revisão de contratos com empresas
terceirizadas que prestam serviços a UFRN, com a possibilidade de demissão de
mais 1.500 servidores destas empresas.
Em aparte, Hermano Morais
ressaltou o reconhecimento da reitora com a preocupação da Assembleia
Legislativa em discutir o tema, considerou absurdo o contingenciamento para a
educação superior e afirmou que o ensino básico também será atingido. “Existe
todo um movimento nacional que busca sensibilizar o Governo Federal e reverter
essa situação. Já houve o corte de 20% para a educação no início do mandato,
será um erro cortar em mais 30%”, disse Hermano.
ALRN
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