O Glaciar Thwaites – também conhecido como “Geleira do Apocalipse” devido ao seu alto risco de colapso– está “aguentando por um fio”, segundo novo estudo publicado na revista Nature GeoSciences.
A pesquisa vem na esteira do
primeiro mapeamento em alta resolução do solo marinho em frente ao Glaciar
Thwaites, uma porção de gelo do tamanho da Flórida no limiar ocidental da
Antártida. O objetivo principal é entender os movimentos da geleira no período
que antecedeu seu registro por satélites.
Os geofísicos responsáveis
pelo estudo descobriram que a base do glaciar se desalojou do leito marinho e,
em algum momento nos últimos 200 anos, retrocedeu a uma taxa de 2,1 km por ano
em um período de seis meses. Isso representa o dobro da taxa de recuo
registrada por satelites na
última década.
Essa descoberta põe em cheque
a antiga crença de que as geleiras da Antártida reagem lentamente às mudanças
ao seu redor. Assim, levando em conta a ameaça iminente de mudanças climáticas,
tudo indica que o Glaciar Thwaites pode ser muito mais suscetível a recuos
repentino se comparado ao que se acreditava anteriormente.
“Os resultados sugerem que
eventos de recuo rápido ocorreram na geleira nos últimos dois séculos,
possivelmente, até a metade do século XX”, afirma Alastair Graham, principal
autor do estudo realizado pela Universidade do Sul da Flórida. “Basta um
pequeno ‘esbarrão’ no glaciar para causar uma grande reação.”
Fonte: Olhar Digital
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