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sábado, 22 de abril de 2023

Famílias invadem terreno que pertence à Arquidiocese de Natal

De acordo com Wellington Bernardo, coordenador do MLMP, o terreno onde fica a residência estava abandonado e servia como ponto de drogas e de apoio para furtos e roubos. “Além do abandono do terreno, o casarão está todo depredado e o local servia para práticas ilícitas, como o consumo de drogas e apoio para furtos e roubos na região. Então, a gente ocupou para que se cumpra o que está na Constituição. Queremos que essa área cumpra uma função social”, diz. 

Segundo ele, as famílias devem ficar no local por tempo indeterminado. “Todas elas buscam uma moradia e, já que o terreno pertence à Igreja, a gente espera unir forças para buscar uma solução para o problema da falta de habitação”, afirma Wellington Bernardo. A intenção, conforme destaca, é  dialogar com o Poder Público com o apoio da Arquidiocese de Natal, que é responsável pela área atualmente. De acordo com Wellington, o Movimento pede que o terreno seja usado para a construção de moradias ou que seja buscada outra solução, como a permuta da área por outra para a instalação das habitações.

“O que a gente quer é uma negociação. Na sexta, o padre Valdir Cândido, pároco da Catedral Metropolitana de Natal, esteve aqui e nós conversamos exatamente sobre essas possibilidades, uma vez que a Igreja defende os pobres. Estamos buscando um diálogo. Não estamos irredutíveis a nada”, comenta o coordenador do  MLMP.

A Arquidiocese de Natal informou que irá “tentar provocar o poder público para ver a questão” das famílias. Um boletim de ocorrência foi registrado para reintegração de posse, mas a prioridade, segundo a Arquidiocese, é o diálogo. Nesta segunda-feira (24), o  padre Valdir Cândido deve articular com o Governo do Estado uma conversa para tratar do assunto. 

Se o desfecho da questão não for favorável, a Arquidiocese pretende acionar a Justiça para a reintegração de posse do terreno. Wellington Bernardo, do MLMP, disse que o Movimento está aberto para participar de audiências e debates, se for o caso. “Se for marcado algo assim, nós estamos prontos para dialogar”, afirmou. Por enquanto, as famílias permanecem no local em uma estrutura tomada, em grande parte, pelo mato.

“A gente pretende ficar aqui até que se tenha um desdobramento. As pessoas estão chegando com material para montar cabanas e estão fazendo a limpeza do local, porque  mato aqui estava muito alto”, diz o coordenador do MLMP. As famílias que ocupam o terreno vieram de bairros adjacentes, como Nossa Senhora de Nazaré, Felipe Camarão e Cidade Nova, além do próprio bairro de Bom Pastor.

Rosineide Cruz, de 37 anos, decidiu ir para a ocupação porque disse sonhar com uma casa para ela e os cinco filhos. “Recebo um valor de R$ 600 pelo Bolsa Família e pago R$ 500 de aluguel, um valor muito alto. Só sobram R$ 100. Além do aluguel, tem gás, água, luz e alimentação. E tem que torcer também para os filhos não ficarem doentes, porque aí seria mais despesa com remédios”, comenta.

“Sou sozinha, não tem ninguém que me ajude com as despesas. Meus filhos são pequenos e dependem todos de mim. Espero ''
Tribuna do Norte

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