Bolsonaro foi ouvido no
inquérito como possível instigador, pelas postagens na internet, sobre o
resultado das eleições presidenciais do ano passado. Principalmente, por uma
postagem no dia 10 de janeiro, dois dias após os atos, na qual questionava, as
urnas eletrônicas e o resultado eleitoral, mas foi apagada logo em seguida.
Segundo a PF, os “instigadores” são aqueles que, de alguma forma, alimentaram e instigaram ações de quem não aceitava o resultado das urnas, o que culminou nos atos antidemocráticos.
Bolsonaro passou a ser
investigado formalmente nesta categoria após determinação do ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Esta será a segunda vez que
Bolsonaro será ouvido pela PF desde que deixou o governo. A primeira vez foi no
dia 5 de abril, mas referente ao caso das joias trazidas da Arábia Saudita
A CNN apurou que, para este
novo depoimento, a PF não pediu à Polícia Militar do Distrito Federal escolta
ou reforço na segurança do prédio-sede que fica na Asa Norte.
A ação difere da oitiva
anterior, em que cerca de 300 policiais militares cercaram o edifício e fizeram
barricadas para a passagem do carro do ex-presidente.
Outros depoimentos
Nos últimos dias, a Polícia
Federal colheu os depoimentos do general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de um grupo de militares que
esteve no Palácio do Planalto do dia dos ataques. Os depoimentos foram
determinados depois que a CNN divulgou novas imagens exclusivas do dia dos atos
criminosos.
Gonçalves Dias disse à PF que
acredita ter acontecido um “apagão geral” do sistema de inteligência, dada a
falta de informações para a tomada de decisões durante os ataques criminosos de
8 de janeiro.
Ele também negou ter sido
omisso durante os ataques e afirmou que não tem responsabilidade sobre o caso.
Tribuna do Norte
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