O comércio varejista do Rio
Grande do Norte vem apresentando bons resultados de vendas desde o início do
ano. O setor lidera em termos de volume de negociações realizadas ao encerrar
março com um crescimento de 9,3% em relação ao mês anterior. No total, foram
mais de 31,7 milhões de operações efetuadas no mês passado. Isso equivale a um
faturamento da ordem de R$ 3,4 bilhões para as empresas do segmento. No
comparativo com o ano passado, o volume é ainda maior, 14% a mais do montante
que entrou no caixa desses estabelecimentos.
Os dados foram divulgados pela
Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), nesta quinta-feira (20), quando foi
publicada a 41ª edição do Boletim Mensal de Atividades Econômicas, estudo que é
feito mensalmente pela Secretaria e cujas edições estão disponíveis para
consulta no site www.set.rn.gov.br/.
De acordo com o informativo, o volume total movimentado pelos setores em atividade no estado chegou a mais de R$ 13 bilhões no terceiro mês do ano. Além do varejo, o segmento com a segunda maior contribuição para esse resultado foi o atacado que faturou R$ 2,2 bilhões, seguido da indústria de transformação, que obteve um volume movimentado da ordem de R$ 1,9 bilhão. Já o setor de comercialização e distribuição de combustíveis aparece na quarta posição com um faturamento mais de R$ 1,7 bilhão em março.
Geralmente, os combustíveis
ocupam a terceira posição no ranking de faturamento mensal, porém, no mês
passado, as vendas totais caíram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em relação ao consumo desses produtos, etanol foi o único a manter
estabilidade, enquanto a gasolina e o diesel tiveram elevação no consumo,
subindo de 45 milhões para 50 milhões de litros vendidos, no caso da gasolina,
entre março de 2022 e março deste ano. No mesmo intervalo, o volume consumido
de diesel passou de 37 milhões para 40 milhões de litros.
Arrecadação
O 41º Boletim Mensal de
Atividades Econômicas traz também informações sobre arrecadação de impostos no
estado. Em março foram recolhidos R$ 667 milhões em receitas próprias, o que
representa um crescimento de 5,4% no comparativo com o mesmo mês do ano
passado. O principal responsável por essa alta foi o recolhimento de ICMS, que
registrou aumento nominal de 4,1% no mês, chegando a 615 milhões arrecadados.
Considerando a inflação do período, a arrecadação teve alta real inferior a 1%.
Segundo o IBGE, o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPVA), indicador que mede a inflação oficial no
Brasil, registrou uma variação, acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%. Por
isso, o crescimento dos valores recolhidos não ultrapassou 0,75%. Já a
arrecadação de ICMS, descontando o impacto da inflação, acabou em queda de
0,55% ao invés de crescimento.
O secretário estadual de
Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explica que o resultado no recolhimento do
principal tributo do Rio Grande do Norte foi impactado positivamente por ações
de monitoramento setorial, realizadas pela Subcoordenadoria de Fiscalizações
Estratégicas, Substituição Tributária e Comércio Exterior (SUSCOMEX) da SET. A
equipe de auditores e técnicos do setor fizeram uma varredura na área de
combustíveis utilizando ferramentas de Business Intelligence (BI) e
identificaram irregularidades. Esse trabalho resultou na recuperação de volumes
de recursos que seriam sonegados dos cofres públicos do estado.
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