O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD), criticou o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) pela demora na realização da engorda da praia de Ponta Negra – obra apontada como a melhor solução técnica para frear a erosão no pé do Morro do Careca.
Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira 5, Carlos Eduardo acusou Álvaro Dias de “engavetar” o projeto da engorda por quatro anos e disse que o atual prefeito administra a cidade com “improviso e despreparo”.
“Depois de engavetar o projeto que deixamos pronto por quatro anos, o atual prefeito coloca em risco um dos principais cartões-postais da cidade! É revoltante ver a Prefeitura e o Idema discutindo quem tem razão enquanto o Morro do Careca é levado pelo mar. Precisamos mudar essa forma de administrar a cidade, feita de improviso e despreparo. Chega!”, afirmou Carlos, que é pré-candidato a retornar ao Palácio Felipe Camarão.
Procurado, o prefeito Álvaro Dias informou, através da assessoria, que não iria se manifestar.
A gestão de Álvaro Dias tem acusado o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), órgão do Governo do Estado que emite o licenciamento ambiental, de atrasar a autorização para a realização da obra da engorda.
Apesar de ter feito o pedido para a Licença de Instalação e Operação (LIO) apenas em 12 de junho, a prefeitura diz que o documento precisa sair até o fim desta semana, sob pena de a obra ser adiada para 2025. O Idema diz que, por lei, tem quatro meses para dar um parecer sobre o licenciamento.
Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, o diretor-geral do órgão, Werner Farkatt, afirmou que a prefeitura ainda deve esclarecimentos sobre a obra. Segundo Werner, são pelo menos 19 itens pendentes. A previsão é que, na segunda-feira 8, o Idema formalize para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) tudo o que está faltando no estudo ambiental.
Discutida em Natal há quase 10 anos, a engorda consiste no alargamento na faixa de areia da praia, com até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca. Atualmente, em situações de maré cheia, bares, barracas e banhistas ficam praticamente impedidos de frequentarem a areia.
A engorda será feita a partir de uma retirada de areia submersa trazida de uma jazida em alto-mar para Ponta Negra. A obra vai custar R$ 73,7 milhões e será realizada pelo consórcio formado pelas empresas DTA e AJM.
Em 2023, o Idema emitiu a Licença Prévia, que permitiu a realização dos serviços até aqui. Falta agora a Licença de Instalação e Operação.
AgoraRN
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