As discussões do dia começaram
com a apresentação do professor Substituto do Departamento de Meteorologia da
UFRN, Ronabson Cardoso Fernandes, que mostros aos participantes do encontro o
“Estudo Estatístico da Influência e Raios Cósmicos na Precipitação Pluvial na
Região Norte e no Nordeste do Brasil”. Com gráficos e imagens de satélites, o
professor Ronabson Cardoso ilustrou a sua palestra para mostrar a influência
solar nas precipitações pluviais, sobretudo no semiárido nordestino. Segundo
ele, há evidências de que a atividade solar menor ou maior tem influência na
formação de nuvens.
Em seguida a Reunião Climática
continuou com a apresentação das
condições pluviométricas e hídricas dos estados do Nordeste, pelos
representantes dos Centros Estaduais de Meteorologia e Recursos Hídricos e da
representante do INMET , Andreia Ramos, que abordou a análise climática feita
pelo Instituto Nacional de Meteorologia para o Brasil, os modelos utilizados e
análise pluviométrica, e como essas informações são trabalhadas junto aos
centros estaduais. À tarde o meteorologista e pesquisador do CPTEC/INPE-SP,
Caio Augusto dos Santos Coelho. apresentou um trabalho com o tema “Investigação
das possíveis contribuições dos oceanos Pacífico e Atlântico para a estação
chuvosa do Norte do Nordeste do Brasil em 2018”, com a apresentação dos campos
de Grande Escala. O meteorologista da EMPARN, Gilmar Bristot, apresentou um
trabalho sobre fatores, como a atividades solar, e sua relação com a ocorrência
de chuvas na região Nordeste.
Depois de todas as
apresentações, os meteorologistas se debruçaram, sobre as informações
repassadas e com análise dos modelos meteorológicos começaram a elaborar a
previsão climática para o semiárido nordestino. O resultado dessas discurssões
será apresentado amanhã, às 11h, antes da divulgação do boletim da quadra
chuvosa, o pesquisador da Emparn, Josemir Araújo Neves, fará uma palestra sobre
a “Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático e
Agrometeorológico do Rio Grande do Norte”.
Esse é um dos mais importantes investimentos que a Emparn vem executando
para informatizar o setor da meteorologia, que a a partir desse projeto vai
disponibilizar informações em tempo real, de clima, volume de chuva, umidade,
entre outras informações que vão auxiliar de forma direta o homem do campo.
Esse projeto também contempla a aquisição de melhores modelos de previsão de
tempo e clima o que dá mais precisão e credibilidade ao trabalho realizado pela
meteorologia da EMPARN.
No Rio Grande do Norte, 92% do
seu território é semiárido, engloba as regiões Central, Oeste e quase toda
região Agreste. No semiárido o período de inverno vai de fevereiro a maio, com
exceção da região agreste onde o período chuvoso se estende até o mês de
agosto.
Média anual de chuva por
região do semiárido:
* Central - 630.4 mm (74.9% da
chuva ocorre no período de fevereiro a maio)
* Oeste - 778.4 mm (75.6% da
chuva ocorre de fevereiro a maio)
* Agreste - 639.1 mm (83% da
chuva ocorre no período de fevereiro a agosto)
Essa é a última reunião que
vai definir como vai ser a quadra chuvosa no semiárido do Nordeste. Durante o
encontro, os meteorologistas vão analisar e discutir o comportamento das
condições oceânico-atmosféricas e qual a influência delas na ocorrência de
chuva no semiárido, no período de março a maio, inverno na região. Na reunião
anterior, realizada em janeiro pela Funceme, em Fortaleza/CE, a conclusão foi
de que teríamos chuvas de normal a acima do normal para o período de fevereiro
a abril de 2018.
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