O Palácio do Planalto decidiu
remanejar o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o comando do novo
Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que será criado por medida
provisória a ser assinada hoje (26) pelo presidente Michel Temer.
A informação foi confirmada à
Agência Brasil pelo gabinete do Ministério da Defesa e, posteriormente, pelo
porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola. No lugar de Jungmann,
assumirá o atual secretário-geral do Ministério da Defesa, general Joaquim
Silva e Luna, que já foi chefe do
Estado-Maior do Exército.
Com a pasta da segurança
pública, o governo passa a ter 29 ministérios.
Papel do ministério
A criação da nova pasta foi
antecipada pelo próprio Temer, na última sexta-feira (23). Na ocasião, o
presidente explicou que o ministério vai coordenar as ações de segurança
pública em todo o país.
“Esse ministério vai fazer
reuniões permanentes com governadores e secretários de segurança”, disse em
entrevista ao vivo à Rádio Bandeirantes. E completou: “Esse ministério vai
coordenar a área de inteligência, porque também não basta colocar policial na
rua com fuzil, precisa desbaratar o crime organizado”, afirmou.
Ao falar sobre a questão
financeira, Temer disse que a nova pasta pode implicar mais gastos para
administração pública, mas isso se justifica pela importância do trabalho a ser
feito na área da segurança.
Currículo
Jungmann está à frente do
Ministério da Defesa desde maio de 2016, quando tomou posse prometendo dar
prosseguimento aos projetos estratégicos das Forças Armadas (Exército, Marinha
e Aeronáutica). Durante sua gestão, comandou a organização do emprego de
efetivo militar na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de
Janeiro e o processo de retirada das tropas brasileiras do Haiti. Em setembro
de 2016, cerca de 25 mil militares deram apoio logístico à realização das
eleições municipais em 409 localidades de 14 estados, garantindo a segurança do
pleito.
Jungmann também chefiou ações
de reforço militar na segurança pública do Amazonas, Maranhão, Rio Grande do
Norte, Rio de Janeiro e nos prédios públicos da Esplanada dos Ministérios,
durante protestos em maio de 2017, e as ações de varredura e inspeção em
presídios estaduais.
Pernambucano, foi eleito
deputado federal três vezes; vereador em Recife (PE), onde atuou nas áreas de
mobilidade urbana, saúde pública, do meio ambiente e patrimônio
histórico-cultural; ex-secretário estadual de Planejamento (1990-1991);
ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Fernando Henrique Cardozo, além
de ter presidido o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Agência Brasil
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