O deputado estadual Kelps Lima
(Solidariedade) cobrou, na sessão plenária desta terça-feira (20), na
Assembleia Legislativa, posicionamento do Governo do Estado em relação ao
pagamento do décimo terceiro salário dos servidores públicos estaduais. O
deputado ressaltou que vem sendo questionado pelos servidores sobre o pagamento
e sobre como ele será feito.
“Quando será pago o décimo
terceiro dos servidores do Estado?”, questionou o deputado, lembrando que o
benefício não é fruto de um mês de trabalho, mas de um ano inteiro. Para o
deputado, muitos servidores fizeram empréstimos para serem quitados com o décimo
terceiro e tiveram que fazer outro empréstimo para quitar a dívida com o banco.
“O resultado disso é que o funcionário recebeu adiantado um décimo terceiro e
vai ter que pagar dois”, criticou Kelps Lima.
Para o deputado, além do
direito e da condição, os servidores também questionam sobre a lei aprovada
pela Assembleia Legislativa durante a convocação extraordinária e que garantia
a criação de um abono de 12,46% para pagamento dos juros a quem decidisse pelo
décimo a partir de um empréstimo. “O que está faltando para o governador
sancionar a lei e pagar a primeira parcela do abono dentro dos salários de
janeiro?”, questionou mais uma vez o deputado, ressaltando que a lei do abono
foi a única aprovada “100% como o governador queria”, sem emendas e com dispensa
de tramitação. “Mas foi a única matéria que o governador nem sancionou nem
vetou. Será que Robinson vai dar mais esse calote no servidor?”.
O pronunciamento do deputado
Kelps Lima foi aparteado pelos colegas Larissa Rosado (PSB), Márcia Maia
(PSDB), Carlos Augusto Maia (PSD), Gustavo Fernandes (MDB), George Soares (PR)
e Getúlio Rêgo (DEM), todos se somando à preocupação do parlamentar em relação
ao pagamento do benefício dos servidores públicos do Estado. “Essa é uma
posição que só quem pode dar é o Governo”, disse Larissa, abordada no final de
semana pela população de Mossoró. “Cumprimos nossa parte aqui na Assembleia
Legislativa durante todo o mês de janeiro e o secretário de Administração vem
culpar a Assembleia Legislativa?”, criticou Márcia, que repreendeu o Governo
por não se planejar.
Segundo Carlos Augusto, “o
governador não deu resposta a um projeto criado por ele mesmo e a Assembleia
tem contribuído sim”. “Registro minha indignação contra a falta de pagamento do
décimo terceiro”, concluiu Carlos Augusto, seguido pelo discurso também
indignado do deputado Gustavo Fernandes. “O que passa na cabeça do
governador?”, perguntou Gustavo, ressaltando que em três anos de gestão,
Robinson Faria só tem olhado para o retrovisor. “Ele hoje tem índices de
rejeição irreversíveis e cristalizados e não tem mais a confiança desta
Assembleia Legislativa”, afirmou o deputado. “Só pensa em ser candidato à
reeleição e esqueceu os salários e a segurança. Esse governador não tem mais
condição de permanecer onde está”, disse o deputado do MDB.
Ainda nos apartes ao
pronunciamento do deputado Kelps Lima, George Soares somou sua cobrança a dos
demais parlamentares e criticou os projetos encaminhados pelo Governo para a
Assembleia no que ele entendeu como “desastrosa convocação extraordinária”.
Concluindo a série de apartes, Getúlio Rêgo repetiu as críticas feitas por
Kelps em seu pronunciamento e reforçou o apelo ao governador e ao secretário de
Administração em relação ao pagamento do décimo terceiro.
ALRN
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