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Chefes de facção viviam no Porto das Dunas, área nobre do litoral cearense (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
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Casas de luxo em condomínios e
carros importados faziam parte da vida que Rogério Jeremias de Simone, o Gegê
do Mangue, levava no Ceará. Uma das casas fica no condomínio Alphaville, em
Aquiraz, cidade litorânea na Grande Fortaleza, e abrigava veículos caros na
garagem, segundo fonte ouvida pelo G1. Gegê passou os últimos dias no imóvel,
que fica no mesmo município onde foi localizado o corpo do traficante.
Os corpos de Gegê do Mangue e
de Fabiano Alves de Sousa, o Paca, foram encontrados na tarde da sexta-feira
(16) em mata fechada, em área de reserva indígena em Aquiraz, a 30 km de
Fortaleza. A polícia investiga a autoria dos crimes. Gegê é apontado como um
dos chefes na hierarquia da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o
PCC, de São Paulo.
Segundo a mesma fonte, ele não
autorizava a entrada de visitas e nem o recebimento de encomendas por
funcionários do condomínio. O traficante havia sido condenado – em abril do ano
passado – a mais de 47 anos de prisão por dois homicídios triplamente qualificados.
Julgado sem sua presença, ele era considerado foragido da polícia.
Investigação
Segundo uma das linhas de
investigações, Gegê pode ter sido alvo de integrantes do próprio grupo, depois
de mandar matar outro criminoso do PCC sem consultar a principal liderança da
facção, Marcos Willians Camacho, o Marcola. Outra hipótese é a que eles tenham
sido morto por integrantes de facções rivais.
Os dois foram encontrados em
área de mata fechada no meio da reserva indígena com sinais de execução: tiros
na cabeça e facadas nos olhos. A polícia ainda investiga a motivação dos
assassinatos. Depois de autopsiados os corpos dos dois traficantes foram
liberados e encaminhados para São Paulo pelos familiares.
Reforço nacional
O Governo Federal enviou a
Fortaleza uma equipe de Força Nacional que vai atuar com as forças de segurança
do Estado na investigação. O combate a facções criminosas que atuam no Ceará é
“prioritário” na avaliação do secretário-adjunto da segurança pública nacional,
do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alexandre Mota.
“Considero que, exatamente, o
estado do Ceará realmente é prioritário dentro dessa situação [de atuação das
facções em vários estados do país]. Houve um pedido formal por parte do governo
para investigação. E, a partir de toda uma análise de conjuntura, vimos as
medidas que são necessárias para combater o crime organizado em todos os
segmentos”, afirmou Mota.
G1-CE
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