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O brasileiro Frederik
Barbieri, radicado nos Estados Unidos, é apontado como o maior traficante de
armas do Brasil; ele foi preso na madrugada deste sábado (Foto:
Reprodução/RJTV)
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O Ministério da Justiça
informou em nota divulgada na tarde deste sábado (25) que o governo solicitou a
extradição do brasileiro Frederik Barbieri, preso nos Estados Unidos nesta
madrugada (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).
Barbieri é apontado pela
Polícia Civil como o maior traficante de armas do Brasil. Ele é acusado de ter
enviado ao país, em maio do ano passado, uma carga de aquecedores de piscina
recheada de fuzis de guerra. Foi a maior apreensão de armas feita no Brasil em
10 anos.
De acordo com as
investigações, parte desses fuzis seria entregue a traficantes da Favela da
Rocinha, que desde setembro está em guerra. A polícia acredita que favelas de
São Gonçalo também seriam abastecidas com aquele arsenal.
Radicado nos Estados Unidos,
Barbieri foi preso em sua casa, na Flórida, por agentes do Serviço de Imigração
e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE). A TV Globo apurou que a polícia
americana ainda conseguiu interceptar um carregamento de mais 40 fuzis que
estava sendo preparado para ser enviado para o Brasil novamente.
"Segundo o Departamento
de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da
Justiça e Segurança Pública, o pedido de extradição de Frederik Barbieri já foi
apresentado para o governo norte americano", diz a nota do Ministério da
Justiça.
De acordo com o MJ, houve um
pedido por parte dos EUA de documentação complementar para dar prosseguimento
ao pedido. Por isso, informou a pasta, o governo brasileiro aguarda que a
Justiça envie os documentos ao país norte-americano devidamente traduzidos para
o inglês.
"Os pedidos de cooperação
jurídica internacional entre os países para produção de provas encontram-se em
andamento", também informou o ministério.
Histórico
O brasileiro passou a ser
procurado pela polícia da Bahia, depois que uma carga de munição para fuzis foi
apreendida no porto de Salvador, em um contêiner que estava no nome dele. As
investigações apontam que, em 2012, Barbieri teria fugido para Miami, nos EUA,
com medo de ser preso. Lá, obteve cidadania americana.
Em 2015, a Justiça brasileira
emitiu um mandado de prisão preventiva contra Barbieri. O Ministério Público
tentou incluir o nome do brasileiro na lista de foragidos da Interpol, mas teve
o pedido negado.
Naquele mesmo ano, porém, a
Polícia Civil do Rio de Janeiro passou a investigar a procedência de um fuzil
apreendido após um confronto dentro de um ônibus em Niterói, onde um policial
militar foi morto.
Os investigadores descobriram
que o mesmo tipo de arma utilizada nesse confronto era utilizado em diferentes
comunidades do Rio para o tráfico de drogas e o roubo de cargas. As armas
seriam intermediada por pelo menos dois homens, e Barbieri foi apontado como o
transportador e fornecedor delas.
Nota do Ministério da Justiça
Leia a íntegra da nota:
Segundo o Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da
Justiça e Segurança Pública, o pedido de extradição de Frederik Barbieri já foi
apresentado para o governo norte americano, mas houve um pedido de documentação
complementar. Agora, estão aguardando o Poder Judiciário enviar a documentação
complementar devidamente traduzida para o inglês.
Frederik Barbieri é
investigado em procedimentos criminais instaurados no Brasil e nos EUA. Os
pedidos de cooperação jurídica internacional entre os países para produção de
provas encontram-se em andamento.
Fonte: G1
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