Vigilantes de diversas
empresas de vigilância iniciaram nesta segunda-feira, 26, uma paralisação em
todo o Rio Grande do Norte e comprometeram o funcionamento dos bancos. Em
Mossoró, segundo os vigilantes, as principais agências bancárias estão com as
atividades a população interrompidas.
Os vigilantes estão
concentrados nas duas principais agências bancárias do município. Um grupo está
em frente a Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Coronel Gurgel. Outro
está concentrado na Praça Vigário Antônio Joaquim, que fica em frente ao Banco
do Brasil.
Segundo o vigilante Noberto
Soares, os bancos no município estão somente com expediente interno para os
funcionários. Apenas os caixas de autoatendimento estão funcionando para a
população.
“Os bancos em Mossoró estão
parados. Não há atendimento interno para a população. As agências não estão com
número suficiente para abrir para a população. Estão paradas as agências do
Banco do Brasil, da Caixa, Santander, HSBC, Bradesco e Itaú”, explicou Noberto
que informa ainda que os caixas eletrônicos podem ficar desabastecidos ao longo
do dia.
“O pessoal também dos
carros-fortes podem parar. Eles ainda estão abastecendo os caixas eletrônicos,
mas ao longo do dia pode faltar dinheiro e aí o atendimento também no autoatendimento
poderá ficar prejudicado”, disse.
A reportagem do De Fato
percorreu as principais agências nesta manhã. Observou que a população tenha
usado os caixas eletrônicos. No entanto, os vigilantes que estão parados
afirmam que não há atendimento interno.
O presidente do Sindicato dos
Bancários de Mossoró e Região, Assis Neto, disse que o sindicato apoia o
movimento e diz que durante todo o dia haverá fiscalizar. Caso verifique falta
de condições de trabalho, Assis Neto disse que levaria ao Ministério Público.
Ele ainda esclareceu que as empresas se comprometeram a colocar substitutos.
“A paralisação é no estado
todo. Nós apoiamos o movimento e iremos fiscalizar. Se porventura, não houver
condições das agências abrirem, iremos denunciar ao Ministério Público do
Trabalho. As empresas de vigilância comprometeram-se a colocar substitutos”,
disse.
Mais cedo, o gerente geral da Caixa Econômica
Federal em Mossoró, Julierme Torres, informou que se houvesse o número mínimo
de vigilantes as agências da CEF abririam normalmente para o público.
“Se tiver o mínimo de
vigilantes definidos pela Polícia Federal para que as agências funcionem nós
vamos abrir normalmente. Ser não tiver nós não abriremos. Vamos nos informar
sobre o movimento dos vigilantes para saber como vamos proceder. Os bancários
todos vão para as agências. Caso não tenhamos condições de funcionamento, não
abriremos para o público”, disse Torres.
Segundo a categoria, os
patrões ofereceram reajuste de 1,81% tanto no salário quanto no vale-refeição,
a devolução de todos os dirigentes sindicais às empresas, suspensão do desconto
sindical em folha e ainda pretende implantar todas as mudanças impostas pela
Reforma Trabalhista.
Segundo os vigilantes, “isso
irá significar um retrocesso sem tamanho, não só para os vigilantes, como para
os trabalhadores em geral. Vejamos, a escala de trabalho que hoje é de 12/36
passaria a ser de 12/12, retirada do descanso semanal remunerado, implantação
do trabalho intermitente, diminuição do horário de almoço de uma hora para 30
minutos (sendo apenas 15 deles remunerado, fim da hora noturna reduzida (perda
de R$ 253), pagamento de feriados (R$ 183), fim do adicional noturno (R$ 53),
fim do direito à reciclagem, fim do direito ao colete à prova de balas custeado
pelas empresas, fim das homologações pelo sindicato, estas seriam feitas
diretamente junto à empresa retirando dos trabalhadores todo poder de
contestação das rescisões indevidas”.
A paralisação é por tempo
indeterminado. Os vigilantes dizem que permanecerão até às 16 horas em frente
ao Banco do Brasil e nesta terça-feira, 27, eles voltarão ao local para
continuar com a movimentação.
DeFato
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