O Brasil subiu uma posição, passando o Canadá, e agora ocupa o oitavo
lugar no ranking mundial que afere a capacidade instalada de produção de
energia eólica, segundo o Global Wind Statistic 2017, documento anual com dados
mundiais de energia eólica produzido pelo Global Wind Energy Council (GWEC).
Em 2017, o país conseguiu “adicionar 52,57 GW de potência eólica à
produção mundial, totalizando 539,58 GW de capacidade instalada”, informou hoje
(15) a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), que reúne empresas
do setor.
Em 2016, o Brasil ultrapassou a Itália no ranking e passou ocupar a 9ª
posição. Atualmente, o país conta com 12,76 GW de capacidade de energia
instalada, contra os 12,39 GW do Canadá. A China, ocupa a primeira posição, com
188,23 GW; seguida pelos Estados Unidos, com 89,07 GW, e a Alemanha, com 56,132
GW de capacidade instalada. A Índia, Espanha, o Reino Unido e a França
completam o ranking dos sete primeiros.
Os números apontam para um crescimento da matriz de energia eólica no
país. O segmento já é responsável por 8,3% da energia produzida no Brasil,
percentual ainda distante dos 60,9% produzido pelas hidrelétricas, mas já
próximo dos 9,3% da produção das usinas de biomassa, que ocupam o segundo posto
no ranking nacional.
A energia produzida pelas usinas eólicas chegou a ser responsável por
64% da energia consumida na Região Nordeste, no dia 14 de setembro do ano
passado. A Abeeolica estima que o Brasil, cuja capacidade instalada é 12 GW,
tenha potencial eólico superior a 500 GW.
A Região Nordeste aparece na frente na capacidade de produção de energia
a partir dos ventos. Com 135 parques, o Rio Grande do Norte é o estado que mais
produziu energia usando ao força dos ventos. São 3.678,85 MW de capacidade
instalada. Em seguida, com 93 parques e 2.410,04 MW de capacidade instalada,
vem a Bahia. Em terceiro lugar vem o Ceará, que conta com 74 parques e tem
1.935,76 MW de capacidade instalada.
Em quarto lugar aparece o Rio Grande do Sul. O estado tem 80 parques e
1.831,87 MW de capacidade instalada. Em seguida vem o Piauí, com 52 parques e
1.443,10 MW instalados, e Pernambuco com 34 parques e 781,99 MW de capacidade
instalada.
A expectativa é de que nos próximos seis anos devem ser adicionados mais
1,45 GW de capacidade eólica no país, decorrentes dos leilões de energia
realizados em dezembro do ano passado. A Abeeolica estima que 18 milhões de
residências sejam abastecidas com a energia eólica.
Segundo a associação, os dados no ranking de nova capacidade instalada
no ano, o Brasil está em sexto lugar, tendo instalado 2,02 GW de nova
capacidade em 2016. O Brasil caiu uma posição, já que o Reino Unido subiu do
nono para o quarto lugar, instalando 4,27 GW de capacidade de energia eólica em
2017.
De acordo com a presidente da Abeeolica, Élbia Gannoum, o país pode cair
de posição nos próximos anos, porque haverá menos projetos sendo concluídos
entre 2019 e 2020. “Nesse ranking, o que conta é o resultado específico do ano,
então há bastante variação. A tendência é que a gente ainda oscile mais, visto
que em 2019 e 2020 nossas instalações previstas são menores porque ficamos sem
leilão por quase dois anos no período 2016/2017, o que vai se refletir no
resultado de 2019 e 2020”, disse Elbia.
Agência Brasil
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