A NASA já está
elaborando uma maneira de proteger o orbitador de retorno (Mars Sample Return),
que trará as amostras de Marte durante sua viagem de volta à Terra. Para isso,
os engenheiros da agência espacial passaram a realizar testes que consistem no
disparo de micro bala no material contra asteroides.
Segundo o engenheiro de testes
da White Sands, Dennis Garcia, esse escudo tem que suportar os impactos de
projéteis vindos a velocidades tão altas que, se uma aeronave fizesse o trajeto
do estado Nova York até São Francisco, na mesma velocidade das balas, levaria 5
minutos para completá-lo. Geralmente, voos comerciais levam cerca de 6 horas
para realizar o percurso.
Entretanto, essas velocidades ainda não alcançam aquelas desenvolvidas pelos meteoritos e fragmentos de lixo espacial que orbitam o Espaço. Sendo assim, os engenheiros precisam recorrer a modelos de computador para simular velocidades reais, que podem atingir mais de 80 quilômetros por segundo.
Em um comunicado, o engenheiro
Bruno Sarli, do Goddard Space Flight Center, da NASA, responsável por
supervisionar os testes, declarou que dependendo da velocidade desenvolvida
“até a poeira pode causar danos a uma espaçonave”.
O local onde os testes
acontecem, no Novo México, já auxiliaram a NASA desde a era do ônibus espacial,
pois permitiu que os engenheiros desenvolvem materiais de proteção para a
Estação Espacial Internacional (ISS) para veículos da tripulação comercial e
para cargueiros de carga espacial contra impactos de detritos e fragmentos de
rocha no Espaço.
A arma usada nos testes para
disparar as micro bolhas espaciais apresenta dois estágios: no primeiro
estágio, ela utiliza pó de arma convencional para impulsionar um projétil; no
segundo estágio o projétil recebe um impulso extra empurrando gás hidrogênio
altamente comprimido em um tubo menor como um pistão de carro. De acordo com os
pesquisadores, essa pressão na arma é tão alta que seria capaz de destruir
qualquer prédio da Terra se explodisse.
Olhar Digital
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