No depoimento de Roberto
Jefferson, ao qual a CNN teve acesso, ele diz que quem atirou primeiro foi a
polícia. A versão é contestada por policiais presentes na ação. O ex-deputado
afirmou ainda que “não atirou em nenhum policial federal para machucar” e que
“se quissesse matava os policiais porque estava em uma posição superior e com
fuzil com mira”. Jefferson diz ter jogado três granadas contra os policiais.
O documento tem 27 páginas e contém
também o depoimento dos agentes que participaram da ação e foram atingidos por
estilhaços.
A agente Karina Lino Miranda de
Oliveira disse que depois de chamarem pelo interfone e não terem resposta, um
dos policiais pulou o muro para fazer contato com quem estava na casa. Segundo
a policial, Roberto Jefferson teria saído em um cômodo superior afirmando que
não iria se entregar.
O depoimento ainda aponta que, em
seguida, Jefferson retirou o pino de uma granada. Nesse momento, os policiais
tentaram se abrigar e ouviram disparos. A agente diz ter sido foi “atingida por
estilhaço da granada ou fuzil na bacia, testa e braços” e que foi levada para
um pronto socorro e, posteriormente, para um hospital.
Segundo ela, em nenhum momento
Jefferson tentou dialogar.
O delegado Marcelo André Cortes Villela diz que, ao ser atingido, percebeu uma grande quantidade de sangue na cabeça, o que, segundo ele, atrapalhou a visão do olho direito.
Vilela diz afirmou que, ainda
assim, conseguiu fugir e se encontrar com os outros policiais da ação. Ele
afirma que, neste momento, viu a agente Karina perdendo os sentidos
“Em determinado momento o
declarante sentiu o sangue descer de sua cabeça; que em determinado momento a
quantidade de sangue era muito grande, atrapalhando a visão do olho direito. No
hospital foram constatados dois fragmentos, possivelmente de estilhaços, no
crânio”.
No depoimento, o delegado ainda
afirma que Roberto Jefferson “aguardava a polícia federal e agiu de forma
premeditada e com intenção de matar os agentes”.
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