Um artista digital e entusiasta da paleontologia reconstituiu na Holanda o crânio do dinossauro brasileiro Irritator chalengeri a partir de peças imprimidas em 3D. Olof Moleman publicou fotos do seu feito (galeria acima) nas redes sociais, junto dos desenhos técnicos que instruíram ao resultado final.
“Reconstruímos os elementos
conhecidos do crânio. Os elementos ausentes também foram restaurados para
impressões 3D. Descobrimos que ele tinha visão binocular, olhando por cima do
focinho”, informou na primeira postagem feita no Twitter.
“Reconstruindo o crânio, descobrimos que abrir a boca força as
mandíbulas para os lados e as gira para fora para criar uma grande abertura. O
mesmo provavelmente também se aplica a outros espinossauros, pois seus ossos
quadrados são bastante semelhantes (…) A reconstrução dos músculos da
mandíbula mostrou que ela tinha uma mordida fraca, mas rápida”.
Apesar de Moleman manter um site sobre dinossauros e seus fósseis e também apresentar outros trabalhos semelhantes à reconstituição do Irritator chalengeri, ele não é um cientista ou pesquisador, mas apenas um entusiasta do tema.
Sendo assim, ele disponibilizou
os dados e a reconstrução online para que cientistas e outros entusiastas
possam acessar. “Os dados de TC e a reconstrução estão disponíveis online. E
imprimimos em 3D várias cópias e moldes do crânio com qualidade de pesquisa.
Alguns dos quais serão enviados para o Brasil”, disse.
Nesta semana, cientistas pediram a volta ao Brasil do fóssil do Irritator chalengeri contrabandeado para a Alemanha nos anos
1990. O que Moleman também comentou em suas redes: “Compreensivelmente, algumas
pessoas estão preocupadas com a localização do Irritator na Alemanha.
Infelizmente, não está em nosso poder fazer nada sobre uma possível repatriação
do fóssil. Pessoalmente, acho que o fóssil original do Irritator deveria ser
devolvido ao Brasil”, concordou.
Considerado o crânio mais
completo e preservado de dinossauros da sua espécie, o fóssil do
Irritator chalengeri está atualmente na
Alemanha. Ele foi comprado pelo Museu Estadual de História Natual de
Stuttgart de um comerciante de fósseis em 1991. O comerciante, por sua vez,
teria importado o fóssil para a Alemanha antes de 1990.
O crânio foi achado na Bacia
do Araripe, que se estende por Ceará, Piauí e Pernambuco e é extremamente rica
em fósseis.
CNN
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