A indústria de games na
China passou por uma repressão prolongada entre 2021 e 2022, mas viu o setor
voltar a crescer com a promessa de afrouxamento nas restrições. Algumas das
medidas, como as que proíbem recompensas pelo uso dos videogames, fizeram
ações de grandes empresas despencarem. Agora, o país adota um tom mais
conciliatório, dizendo que estuda melhorar as regras de acordo com a opinião do
público.
De acordo com a Reuters,
na sexta-feira (22), a publicação de um conjunto de regras buscava restringir
medidas no setor dos videogames. Algumas das proibições são relacionadas ao
oferecimento de recompensas pelo uso diário, por fazer compras no app pela
primeira vez ou se gastarem várias vezes seguidas.
Apesar de serem medidas comuns
a games, as restrições chinesas seguiam esforços de limitar a dependência da
internet e de jogos online por parte de jovens.
Em agosto, o governo local já
havia dito que o ciberespaço na China deveria ser regulado para que menores de
18 anos só usem um máximo de duas horas por dia.
O projeto atual, que promete
ser mais conciliatório do que as restrições anteriores, está aberto para
comentários do público até 24 de janeiro.
Recuperação da indústria
Com a promessa de mudanças, as
empresas de videogame já registraram melhoras.
A Tencent Holdings,
empresa de internet e uma das maiores produtoras de jogos do mundo, viu suas
ações despencarem durante o período de crise. No dia da publicação das regras,
os números caíram em 12%.
Após a possibilidade de
afrouxamento das regras, nesta semana, a companhia viu suas ações subirem mais
de 5%.
Já a NetEase, também do setor
de internet e games (e rival da Tencent), caiu em 25% na sexta-feira, mas
disparou 10% hoje. O aumento nas ações veio junto com novas negociações com a
Blizzard China.
Ambas haviam encerrado uma
parceria há um ano, mas, no início do mês, a Blizzard anunciou que deve
continuar seu serviço de jogos no país.
Olhar Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente