Na segunda-feira (4), às 15h42 (pelo horário de Brasília), a Lua alcança a posição mais distante da Terra ao longo de sua órbita ao redor do nosso planeta – ponto chamado pelos astrônomos de apogeu.
A distância da Lua em relação
à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente
oval, traçando um caminho conhecido por elipse. À medida que a Lua atravessa
esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, sua distância varia 14%,
entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu (ponto
mais distante).
“Esses valores são médios porque, na prática, variam bastante devido às influências gravitacionais do Sol e dos outros planetas do Sistema Solar” diz Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).
O tamanho angular do astro
também varia pelo mesmo fator, e seu brilho também se altera, embora isso seja
difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo
tempo. Na segunda-feira, por exemplo, ela está no início da fase minguante – a
última do ciclo atual, começando um novo ciclo (ou seja, a fase “nova”) no dia
12.
Segundo a plataforma InTheSky.org, o tempo do circuito
perigeu-apogeu-perigeu da Lua é de 27,55 dias. Isso é um pouco mais do período
orbital da Lua, que é de 27,322 dias. “Esse período é chamado de mês sideral, e
é diferente do mês sinódico, que é o período de 29,5 dias entre duas novas,
porque como a Terra também está girando em torno do Sol, a Lua precisa de um
pouco mais de uma volta para apresentar o mesmo alinhamento com o Sol, e
consequentemente, a mesma fase”, explica Zurita.
Olhar Digital
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