Agora, os estudantes estão
proibidos de utilizar celulares tanto dentro como fora da sala durante a
explicação do professor, na realização de trabalhos individuais
ou em grupo e até mesmo durante os intervalos. Exceções estão previstas para
casos específicos, como alunos com deficiência ou condições de saúde que
dependam do uso desses dispositivos.
A decisão foi embasada em consulta pública realizada pela Secretaria Municipal de Educação, que teve a participação de mais de 10 mil contribuições. Os resultados mostraram que 83% dos participantes foram favoráveis à proibição, 11% parcialmente favoráveis e 6% contrários.
O decreto se baseia em
relatórios da Organização Mundial da Saúde, Unesco e estudos de países como
Bélgica, Espanha e Reino Unido. Dados do Programa de Avaliação Internacional de
Estudantes (Pisa) da OCDE, por exemplo, apontam uma correlação negativa entre o
uso excessivo de tecnologias e o desempenho acadêmico.
Segundo o estudo, “45% dos
alunos relataram que se sentem nervosos ou ansiosos se seus telefones não
estivessem perto deles, em média, nos países da OCDE, e 65% relataram serem
distraídos pelo uso de dispositivos digitais em pelo menos algumas aulas de matemática.”
Além disso, a proibição
ressalta a preocupação com o bem-estar dos estudantes, citando estudos da
Unesco que associam maior tempo de tela à piora do bem-estar, ansiedade e
diagnósticos de depressão.
Durante o período de 30 dias
até a implementação da medida, a Secretaria de Educação conduzirá atividades de
adequação e regulamentação nas escolas. A proibição, que busca minimizar os
impactos do uso excessivo de tecnologia na educação e no bem-estar dos
estudantes, se alinha a práticas adotadas internacionalmente.
De acordo com o Relatório
Global de Monitoramento da Educação 2023 da Unesco, França, Itália e Holanda
estão entre os países que já adotaram alguma restrição ao uso de celulares em
escolas.
CNN
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