O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva se pronunciou (13) publicamente após ter sido condenado a nove
anos e meio de prisão por corrupção pelo juiz federal Sérgio Moro. Em
declaração à imprensa na sede do PT na capital paulista, Lula diz que a
sentença aplicada por Moro tem componente político e que provará sua inocência
no processo.
“A única prova que existe
nesse processo é a da minha inocência”, disse o ex-presidente. “Eu acho que o
Moro tem que prestar contas à história, que vai dizer quem está certo e
errado”, completou. “Quem acha que é o fim do Lula, quebrou a cara”, disse.
Lula foi condenado pelo juiz
em um dos processos da Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. O ex-presidente é acusado de favorecimento na reforma de um
apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. Na mesma decisão
judicial, Lula também fica interditado para o exercício de cargo ou função
pública pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade, ou seja, por 19
anos. A decisão, no entanto, precisa ser confirmada pela segunda instância.
Moro não decretou a prisão de Lula, que pode recorrer da sentença em liberdade.
Para Lula, a condenação é uma
tentativa de tirá-lo do cenário político. Ele disse que continua candidato à
presidência do país nas eleições de 2018. O ex-presidente rebateu a tese de que
existem provas contra ele no processo, que o levou a ser condenado. “Queria
desafiar os meus inimigos e donos meios de comunicação que fizessem um esforço
incomensurável para apresentar uma única prova. Porque a única prova que eles
apresentam foi um papel rasurado”, criticou.
Na decisão, Moro afirma que as
reformas executadas no apartamento pela empresa OAS provam que o imóvel era
destinado ao ex-presidente e que ficou provado nos autos que Lula e sua esposa
Marisa Letícia (já falecida) eram os proprietários de fato do apartamento.
O ex-presidente e seus
advogados disseram que vão recorrer em todas as instâncias e irão questionar a
sentença do juiz Moro no Conselho Nacional de Justiça. Lula criticou o juiz,
que, na sua visão, escreveu 60 páginas na condenação para se justificar pela
falta de provas.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente