O contingente de desempregados
no país aumentou em 1,47 milhão de pessoas entre 2016 e 2017, segundo dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD Contínua),
divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O
total de desempregados passou de 11,76 milhões na média de 2016 para 13,23
milhões em 2017, um aumento de 12,5%.
De acordo com a PNAD, o número
de desempregados no país vem aumentando desde 2014, ano em que atingiu o
patamar mínimo da série histórica iniciada em 2012, com um total de 6,7 milhões
de desempregados. De 2014 para 2017, quando se registrou o maior patamar da
série, o total de desempregados quase dobrou, já que teve um aumento de 96%.
Para o IBGE, a nomenclatura
oficial para desempregado é “desocupado”. Considera-se desocupada a pessoa que
procurou emprego e não conseguiu. Aqueles que não estão procurando emprego
fazem parte da população em idade ativa, mas não são consideradas desocupadas.
População ocupada
A população ocupada também
teve um aumento (0,3%), passando de 90,38 milhões de pessoas na média de 2016
para 90,65 milhões em 2017. Foi registrado um aumento de 264 mil postos de
trabalho no período.
Apesar disso, os postos de
trabalho com carteira assinada caíram 2,8%, ao passar de 34,29 milhões na média
de 2016 para 33,34 milhões em 2017. Já os postos sem carteira assinada
cresceram 5,5%, aumentando de 10,15 milhões para 10,7 milhões no período.
Os setores com maior perda de
postos de trabalho de um para outro foram a agricultura e pecuária (-6,5%) e a
construção (-6,2%). O segmento de alojamento de alimentação registrou um
aumento de 11,1% no total de pessoas ocupadas.
Quarto trimestre
Considerando-se apenas o
quarto trimestre de 2017, a população desocupada ficou em 12,3 milhões de
pessoas, o mesmo número do último trimestre de 2016. Na comparação com o
terceiro trimestre de 2017, no entanto, houve uma queda de 5% (ou 650 mil
pessoas) nos desempregados, que eram 13 milhões.
A população ocupada (92,1
milhões) cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior (mais 811 mil pessoas) e
2% na comparação com o último trimestre de 2016. O número de empregados com
carteira de trabalho assinada (33,3 milhões) ficou estável ante o terceiro
trimestre e recuou 2% (menos 685 mil pessoas) em relação ao quarto trimestre de
2016.
Agência Brasil
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