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O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva - Edilson Dantas / Agência O Globo (02/09/2016)
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Lula lidera o primeiro turno
em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de
34% a 37%. Já o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não apresentou
crescimento, mesmo nos cenários sem Lula. Bolsonaro oscila entre 15% e 20% e
lidera todos as simulações sem a presença do petista.
Por outro lado, o Datafolha
mostra que a condenação de Lula no TRF-4 pode impulsionar a candidatura de
Marina Silva (Rede), que sobe de 8% para 13%, e Ciro Gomes (PDT), que vai de 6%
a 10%. Nos quatro cenários sem Lula, Ciro e Marina se revezam no segundo lugar.
A ex-ministra do Meio Ambiente chega a ter 16% em cenário sem Lula e Alckmin.
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), varia entre 6%, nos cenários com Lula, a 11%, sem o
petista. Os percentuais são semelhantes ao registrado na pesquisa anterior do
Datafolha, divulgada em dezembro.
O apresentador Luciano Huck
tem 8% em um cenário sem Lula. No entanto, Huck disse que não pretende disputar
o Palácio do Planalto.
Após ter anunciado a intenção
de participar novamente da disputa pela Presidência, o senador Fernando Collor
(PTC-AL) foi incluído no levantamento do Datafolha. Ele aparece entre 1% e 3%
nos diferentes cenários.
Nomes ligados ao atual
governo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara
Rodrigo Maia (DEM) e o próprio presidente Michel Temer não passaram de 2% das
intenções de voto.
SEGUNDO TURNO
No segundo turno, Lula
venceria o tucano Geraldo Alckmin por 49% a 30%; a ex-senadora Marina Silva
(Rede) por 47% a 32%; e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) por 49% a 32%.
Nas simulações de segundo
turno, Bolsonaro também seria derrotado por Marina Silva (42% a 32%) e estaria
em situação de empate técnico com Alckmin (35% a 33%). Esta segunda hipótese
estaria dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais
para mais ou menos.
A simulação envolvendo Alckmin
e Ciro Gomes aponta, também, um empate técnico — nesse cenário, Alckmin teria
34%, e Ciro, 32%,
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O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) - Marcos Alves / Agência O Globo
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REJEIÇÃO
A condenação do TRF-4 não alterou
significativamente a rejeição do ex-presidente LUla, que subiu de 39% na
pesquisa anterior para 40%. A mudança mais sensível foi na rejeição do
presidente Michel Temer, que caiu de 71% para 60% em cerca de um mês.
Fernando Collor aparece com a
segunda maior rejeição, com 44%, atrás de Temer. Bolsonaro tem 29%, Alckmin,
26% e Huck, 25%.
O Datafolha registrou ainda
que a saída de Lula da corrida presidencial poderá afetar a participação nas
eleições — 31% dos eleitores do petista declararam voto branco ou nulo nos
cenários sem o ex-presidente.
TRANSFERÊNCIA DE VOTO
O Datafolha também mostra que
Lula perdeu pontecial de transferência de voto. Em novembro, o percentual de
eleitores que não votariam no político apoiado por Lula era de 48%. A pesquisa
desta quarta-feira registra 53% de rejeição a qualquer nome indicado pelo
ex-presidente.
Apesar da queda, a influência
de Lula não pode ser desconsiderada como cabo eleitoral. Isso porque 27% dos
entrevistados ressaltam que o ex-presidente "com certeza"
influenciaria suas escolhas, e 17% afirmam que "talvez" seguissem a indicação
do petista.
O Datafolha também levantou
como seria a performance do juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de
Lula na primeira instância, no ano passado. Segundo a pesquisa, 50% dos
entrevistados não votariam no candidato apoiado pelo magistrado, enquanto 25% confirmaram
que seguiriam a indicação dele. Outros 22% admitiam a possibilidade de ouvi-lo
e votar com ele.
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, por sua vez, garante o voto de 11% dos eleitores aos seus
apadrinhados. Outros 22% estudariam votar no nome apoiado pelo tucano. Mas 64%
dos entrevistados rejeitam a indicação do líder do país entre 1995 e 2002.
Michel Temer é o cabo
eleitoral mais impopular das opções estudadas pelo instituto: 87% dos eleitores
rejeitam o candidato do presidente, apenas 4% acolheriam a indicação e 8%
avaliaram a possibilidade.
O Datafolha fez 2.826
entrevistas em 174 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos
percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) com o número BR 05351/20018. O levantamento foi divulgado pelo
jornal "Folha de S.Paulo".
O Globo
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