Um evento raro acontecerá
amanhã: trata-se, segundo a Nasa, de uma "superlua azul de sangue",
resultado da conjunção de três eventos lunares diferentes na mesma noite. Isso
fará com que a Lua adquira uma aparência única. O fenômeno só será visível do
Alasca, do Havaí e do oeste dos EUA, mas felizmente a agência espacial
estadunidense fará uma transmissão ao vivo dele para o resto do mundo.
No horário de Brasília, o
evento lunar deve começar por volta das 7:30 da manhã amanhã. Será possível
assistir á transmissão por meio do site NASA TV ou por meio do link
www.nasa.gov/nasalivehttps://www.nasa.gov/nasalive. Ela mostrará a "superlua azul de sangue" tanto
do ponto de vista da Terra quanto pelas lentes de diversos de seus telescópios
- ou, pelo menos, aqueles que tiverem boa visibilidade do evento.
A "Superlua azul de
sangue" é um evento notável porque, embora os três eventos que a compoem
sejam relativamente comuns, eles quase nunca caem juntos. O mais óbvio deles é
a "Lua azul", que segundo o The Verge é o nome dado nos Estados
Unidos às segundas luas cheias de um mês - normalmente, cada mês tem apenas uma
lua cheia, então quando um mês acaba tendo duas, trata-se de um evento notável.
Em seguida, uma
"superlua" acontece quando a fase "cheia" da Lua ocorre
durante o ponto da órbita da Lua no qual ela está mais próxima da Terra. Quando
isso acontece, a Lua parece ser cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que
as luas cheias que acontecem durante o período da órbita do satélite no qual
ele está mais distante de nós, segundo o Engadget.
Como a lua do céu da madrugada
de amanhã será tanto uma "lua azul" quanto uma "superlua",
ela será uma "superlua azul". Mas para quem estiver no oeste dos EUA,
no Havaí ou no Alasca, ela vai ser ainda mais especial. Isso porque o local
presenciará um eclipse lunar total, que é quando a Terra fica exatamente entre
o Sol e a Lua. Isso faz com que a lua cheia fique com uma coloração
avermelhada, e por isso é conhecido como "Lua de sangue". A imagem
abaixo mostra um eclipse lunar total:
Isso acontece porque parte da
luz do Sol que passa perto da Terra é curvada pela nossa gravidade e incide
sobre a Lua. Mas ao passar por perto da Terra, ela atravessa nossa atmosfera,
que acaba "filtrando" as partes azuis da luz do Sol. Sobram apenas as
partes avermelhadas da luz, que são as que chegam até a Lua e, de lá, são
refletidas para as pessoas que estão na área do eclipse. Quem estiver nessa
área amanhã, portanto, verá uma "Superlua azul de sangue".
Eventos astronômicos
Trata-se do segundo evento
astronômico notável em apenas alguns meses. Em agosto do ano passado, aconteceu
também um eclipse solar total (quando a Lua entra na frente do Sol durante o
dia, bloqueando parte da luz que chega à Terra por algum tempo). O evento gerou
tanto interesse que provocou uma queda de 10% na audiência da Netflix, e o
Google até fez um filme colaborativo sobre ele usando as imagens produzidas
pelos internautas.
Olhar Digital UOL
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