O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (Foto: Leonardo Benassatto/Reuters)
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu
nesta terça-feira (30) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que impeça Lula de
ser preso.
Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4), responsável pelos processos da Lava Jato em segunda instância,
condenou Lula a 12 anos e 1 mês em regime inicialmente fechado.
Os desembargadores decidiram, ainda, que a pena deverá
ser cumprida quando não houver mais possibilidade de recurso na Corte (leia os
detalhes sobre a decisão mais abaixo).
Na ação apresentada ao STJ, os advogados de Lula
argumentam que a execução da pena após condenação em segunda instância
contraria a Constituição, na parte que diz que "ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
A defesa do ex-presidente também fundamenta o pedido com
base no Código Penal, que prevê somente prisão preventiva ou após
"sentença condenatória transitada em julgado".
A alegação dos advogados de Lula é que somente após
esgotados todos os recursos, inclusive nas instâncias superiores (o STJ e o
Supremo Tribunal Federal), um condenado pode começar a cumprir a pena.
'Desdobramentos
extraprocessuais'
Os advogados também chamam a
atenção para a situação política envolvendo Lula:
- "Não há como negar que a eventual restrição da liberdade do Paciente [Lula] terá desdobramentos extraprocessuais, provocando intensa comoção popular – contrária e favorável – e influenciando o processo democrático, diante de sua anunciada pré-candidatura à Presidência da República".
O habeas corpus inclui um
pedido de decisão liminar (provisória), em geral concedida de maneira mais
rápida por um único ministro. Como o STJ está em recesso, a ação vai ser
examinada primeiro pelo vice-presidente da Corte, Humberto Martins, que está de
plantão para casos urgentes.
Posteriormente, a ação será
analisada em conjunto, com mais profundidade, pelos cinco ministros da Quinta
Turma: Felix Fischer (relator da ação), Jorge Mussi, Reynaldo Soares da
Fonseca, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik.
G1
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