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sábado, 6 de abril de 2019

Cientista brasileiro recria habitat de Marte no semiárido do Rio Grande do Norte


O planeta vermelho desperta a curiosidade de cientistas do mundo todo não só pela proximidade com a Terra, mas também pela possibilidade de haver vida em Marte. No Brasil, um projeto no Rio Grande do Norte estuda como (e se) o ser humano poderá viver em outro planeta.

Com o nome Habitat Marte e liderado por Julio Rezende, professor de Engenharia de Produção da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), o programa criou em 2017 a primeira estação de pesquisa sobre Marte da América do Sul, em Caiçara do Rio do Vento, pequena cidade na região do semiárido do RN com 3.500 habitantes.

O espaço, com 60 metros quadrados, tem como objetivo incentivar a pesquisa sobre o planeta vizinho e também traçar um paralelo entre o solo de Marte e o semi-árido brasileiro — para melhorar a vida de quem vive em regiões secas do país.

De acordo com o pesquisador, a ideia surgiu após ele ser chamado para comandar uma missão do Mars Desert Research Station (Estação de Pesquisa do Deserto de Marte), no deserto de Utah (EUA), em 2017. Com a experiência de “simular a vida fora da Terra”, ele decidiu reproduzir o estudo no Rio Grande do Norte.

O desafio do projeto no Brasil, segundo o cientista, é criar um modelo de economia circular, em que os “astronautas” produzem a própria energia e o próprio alimento e reciclam resíduos e água.

“Construímos uma estufa de aquaponia, onde criamos peixes e produzimos alimentos. Eles serão consumidos nas próprias missões, quando os astronautas estiverem confinados”, diz Rezende, reforçando que a ideia também poderia ser implantada em Marte.

Cada missão ocorre durante dois dias, geralmente nos finais de semana. Desde 2017, 11 missões já foram realizadas — todas financiadas com recursos próprios dos pesquisadores. “Estamos buscando apoio financeiro para ampliar o período de experiência e, desta forma, mais resultados”, diz o professor da UFRN.

Missão espacial
Durante a expedição, os “astronautas” coletam amostras de solo e minério, realizam observações astronômicas, desenvolvem projetos de vida fora da Terra, avaliam trajes e refeições espaciais, entre outras atividades.

Os resultados são utilizados em pesquisas acadêmicas e implantados por empresas. Em março, por exemplo, alguns dos dados coletados por eles foram usados na estação espacial israelense D-Mars.

Em outubro, Rezende vai apresentar o Habitat Marte em evento na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles (EUA). Além disso, o cientista afirma que está em conversa com a Agência Espacial Brasileira e vai contatar a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e a Agência Espacial Europeia (ESA) ainda este ano para demonstrar o trabalho de sua equipe.

Para compartilhar o trabalho com os jovens, o pesquisador também apresenta a estação a estudantes de escolas públicas de Caiçara do Rio do Vento e de cidades vizinhas. “Queremos mostrar que a ciência não é uma coisa distante nem difícil. O que falta é intimidade com ela.”

Época

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