![]() |
Após rebelião em 2017,
pichações nos muros da Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram tiradas pelos
detentos, que também atuaram na reforma da unidade — Foto: G1/RN
|
Do total de presos do Rio
Grande do Norte, apenas 3,5% trabalham. São 9.848 homens e mulheres
encarcerados nas unidades prisionais potiguares e, destes, 346 realizam alguma
atividade profissional, seja nos presídios ou fora deles. Os números são do
Governo do Estado e foram levantados pelo G1, dentro do Monitor da Violência,
parceria com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro
de Segurança Pública. O projeto apurou os dados dos 26 estados e do Distrito
Federal.
O levantamento também aponta a
quantidade de detentos que estuda: 4,1% do total, o que representa 401 pessoas.
Apesar de haver atualmente 9.848 presos no estado, são 5.762 vagas. Dessa
maneira, atualmente existem 53% presidiários a mais do que o que cabe nas
penitenciárias do Rio Grande do Norte.
Além disso, 34,3% dos presos é
de provisórios, que ainda aguardam julgamento. A nível nacional, os detentos
provisórios chegaram a representar 34,4% da massa carcerária há um ano, e agora
correspondem a 35,6%.
População Carcerária do RN
- Total de Presos 9.848 100%
- Presos que Trabalham 346 3,5%
- Presos que Estudam 401 4,1%
Fonte: Monitor da Violência
![]() |
Percentual de presos que
trabalham e estudam é baixo no país — Foto: Guilherme Gomes/G1
|
Brasil
A realidade de superlotação e
poucos presos estudando ou trabalhando é igual quando são levados em
consideração os dados nacionais. Há hoje 708.546 presos para uma capacidade
total de 415.960 pessoas, um déficit de 292.586 vagas. Se forem contabilizados
os presos em regime aberto e os presos em carceragens da Polícia Civil, o
número passa de 750 mil.
Levando em conta os 737.892
presos do sistema de todo o Brasil (incluindo os em regime aberto), 139.511
exercem algum tipo de atividade laboral – seja para remição de pena ou não – o
que representa 18,9%. São 92.945 os que estudam, 12,6%. Os dados levantados
pelo G1 são referentes a março/abril, os mais atualizados do país.
Em comparação aos dados
colhidos pelo portal em 2018, o novo levantamento revela que o número de
pessoas presas foi mais uma vez superior ao número de vagas criadas a
superlotação voltou a crescer: de 68,6% para 70,3%. Pernambuco se manteve como
o estado com a maior superlotação no país.
G1RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente