A cultura do algodão, que já integrou o rol de principais locomotivas da economia do Rio Grande do Norte, poderá retomar peso no estado, estimulada por uma mudança de cenário que inclui preço em alta e sinais de mercado para absorver a produção. Um projeto que começará a ser desenvolvido e deverá render os primeiros frutos no Vale do Assu este ano é a atual esperança para que a atividade consiga se reestruturar e aproveitar o momento favorável. Há, porém, um longo caminho até a cultura recobrar por completo o vigor que teve no passado.
Fora dos trilhos desde meados da década de 70, a cotonicultura, como é chamada a cultura do algodão, perdeu força no Rio Grande do Norte e na maior parte dos estados produtores no país. Pressionada por questões comerciais e pela praga do bicudo, que dizimou diversas plantações, a atividade perdeu área, produção e indústrias de beneficiamento. E os fatores conspirando em favor do declínio não pararam por aí.
Para se ter ideia da situação, a área plantada no RN, que na safra 1976/1977 chegou a 559,9 mil hectares, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2010 não passou de 2.964 hectares. Em relação à safra de 2009, o número representou uma queda de 67,02%. Condições climáticas adversas foram as responsáveis, desta vez, por comprometer o cultivo. “O produtor até plantou, mas as chuvas acima da média, em 2008 e 2009, fizeram com que perdesse safra. Em 2010, o problema foi a estiagem”, diz o analista de Mercado de Produtos Agrícolas da Conab, Luís Gonzaga Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente