O Japão tentou um gol até o
fim, mas não conseguiu se desvencilhar da forte marcação grega e decepcionou
sua torcida que compareceu à Arena das Dunas. O empate sem gols entre Japão e
Grécia em Natal, um jogo que foi burocrático no começo e esquentou um pouco no
fim, mantém os dois times vivos na briga pela classificação em seu grupo, mas
complica a situação de ambos.
O Japão criou várias
oportunidades, principalmente no final, mas pecou na finalização. O resultado,
por tabela, garante a classificação colombiana. A seleção líder da chave tem
seis pontos e não pode mais ser ultrapassada por dois dos três rivais.
Fases do jogo: Superior
tecnicamente, o Japão foi o time que propôs o jogo desde o começo. Essa
situação ficou ainda mais clara quando os gregos perderam seu capitão, expulso
com dois cartões amarelos ainda no primeiro tempo. A eficiência defensiva
europeia foi então posta à prova, e os dez gregos se desdobraram para marcar
seus velozes adversários.
O desafogo grego eram as raras
tentativas em contra-ataque, além de lançamentos na área para Gekas, que
substituiu o artilheiro Mitroglou, machucado. No segundo tempo, ficou evidente
a principal falha japonesa: a finalização. O time chegou várias vezes ao
ataque, mas seus jogadores pareciam ter entrado em campo com as chuteiras
invertidas.
O melhor: Kawashima. A Grécia
atacou pouco, mas quando conseguiu chegar ao gol japonês encontrou a segurança
de Kawashima, que fez pelo menos duas defesas difíceis na partida.
O pior: Katsouranis. O capitão
grego foi expulso após duas faltas desnecessárias que lhe renderam cartões
amarelos. Sua saída prejudicou a estratégia de forte marcação adotada pelo
time.
Chave do jogo: o preparo
físico grego. Mesmo com um homem a menos desde o primeiro tempo, a Grécia
conseguiu fôlego para manter a marcação até o fim. Os jogadores se desdobraram
e mantiveram um empate com tons heroicos.
Toque dos técnicos: O italiano
Alberto Zaccheroni hesitou em fazer seu time avançar sobre o adversário com
inferioridade numérica. A entrada de Kagawa, camisa 10 japonês, melhorou a
qualidade do passe no segundo tempo, mas não foi suficiente para chegar ao gol.
Para lembrar:
O artilheiro fora. Mitroglou,
cujos gols foram importantes para classificar a Grécia ao Mundial, saiu
machucado no primeiro tempo. Aparentemente, ele sofreu uma contusão nas costas.
Era a única esperança ofensiva dos gregos na partida.
O gol que Pelé não fez. E nem
Samaras. Na volta para o segundo tempo, o veterano viu o goleiro japonês
adiantado e tentou encobri-lo com um chute do meio-campo, logo após a saída de
bola. Passou longe, mas assustou Kawashima.
Altos x Baixos. A seleção
japonesa é a segunda mais baixa da Copa. Os gregos são os terceiros mais altos.
Por algum motivo estranho, o Japão tentou fazer gols com bolas alçadas na área,
mas apenas esbarrou no paredão grego.
JAPÃO 0 X 0 GRÉCIA
Japão: Kawashima; Uchida,
Konno, Yoshida e Nagatomo; Yamaguchi, Hasebe (Endo), Honda, Okubo (Kagawa) e
Okazaki; Osako
Técnico: Alberto Zaccheroni
Grécia: Karnezis; Torosidis,
Holebas, Sokratis, Manolas e Maniatis; Katsouranis, Kone (Salpingidis),
Samaras; Mitroglou (Gekas) e Fetfazidis (Karagounis)
Técnico: Fernando Santos
Data:19/06/2014 - 19h
Local: Arena das Dunas (Natal)
Árbitro: Joel Aguilar (El
Salvador)
Auxiliares: William Torres (El
Salvador) e Juan Zumba (El Salvador)
Cartões amarelos: Hasebe
(Japão), Katsouranis, Samaras (Grécia)
Cartão vermelho: Katsouranis
(Grécia)
Uol
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